Será você capaz de quebrar o loop?

Desenvolvido pela Arkane Studios e publicado pela Bethesda em 14 de setembro de 2021 para PlayStation 5 e PC, temos Deathloop. Neste ano com alguns jogos com temática de loop temporal, será que este aqui convence? Será que vale a pena? Vamos descobrir isso tudo em mais uma resenha.

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Vamos começar pela história muito louca e com ela a premissa do game. Você estará na pele de Colt Vahn, na ilha de Blackreef que está presa em um loop temporal, quando o dia termina, tudo retorna a manhã inicial. Nosso objetivo é quebrar esse loop, e para isso teremos que assassinar 8 personagens notáveis, conhecidos como Visionários. Os Visionários por si só podem ser inimigos difíceis de se matar. Além de armadilhas e vários inimigos espalhados pelo cenário, teremos que lidar com uma outra assassina, Julianna Blake. Julianna pode aparecer em momentos bem inoportunos e acabar com seus planos. O interessante é que ela pode ser controlada por um outro jogador. Você também tem a opção de assumir seu papel e se divertir invadindo outros players.

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Ainda entrando mais por dentro dos conceitos. Nós temos o dia da ilha dividido em 4 períodos: manhã, meio-dia, tarde e noite. Além de uma divisão em 4 áreas separadas do mapa. Dentro de um dos períodos do dia podemos morrer 2 vezes, uma terceira morte irá resetar o loop e nos colocar na parte da manhã novamente. Retornaremos várias vezes a esses mapas com o objetivo de coletar pistas, senhas de portas, áudios e documentos com o intuito de saber mais sobre os Visionários e armar um plano perfeito para pegar cada um deles no momento mais vulnerável possível. Parece complexo, mas o jogo organiza muito bem tudo isso em pequenas missões em vários quadrinhos separados, já que a memória de Colt permanece pelos ciclos. Toda estética do game vai te remeter bastante aos anos 70. Os diálogos e interações entre os personagens, principalmente entre Colt e Julianna são muito interessantes, na maioria das vezes engraçados. Destaque para a dublagem em português brasileiro, que está excelente e melhora muito a experiência.

Falando agora sobre a jogabilidade. O melhor comparativo que podemos fazer aqui é com o Dishonored, jogo da mesma produtora. Temos um FPS com uma movimentação bem rápida e a possibilidade de utilizar alguns tipos de poderes. Os poderes são oriundos de placas que roubamos ao matar os Visionários, temos teletransporte, invisibilidade, um empurrão a lá Jedi, dentre outros. Várias opções de armas estão disponíveis em nosso arsenal, e com raridades diferentes. Tanto as armas quanto nosso personagem possuem slots para equipar berloques, uma espécie de item para conferir algumas melhorias passivas. Como sabemos, estamos em um loop, se morrermos perderemos tudo. Mas calma, armas, placas e berloques podem ser infundidos com uma energia que coletamos pelo jogo. Itens infundidos permanecem contigo mesmo ao resetar o loop. Com o tempo vamos montando nosso arsenal favorito e entendendo as mais variadas formas de cumprir nossos objetivos. Certamente a minha gameplay será diferente da sua, já que temos N formas de resolver os problemas, ainda podendo adotar uma abordagem mais furtiva ou totalmente agressiva.

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Ao jogar com Julianna temos os mesmos tipos de equipamentos. Mudando só nosso objetivo, que é matar Colt e frustrar outros players, invadindo o jogo deles online, num multiplayer tipo Dark Souls. A grande diferença é que vamos adquirindo equipamentos ao aumentar nosso ranking.

Na parte técnica, Deathloop entrega muito bem. Apesar da ilha não ser tão grande, mesmo dentro dela temos uma pequena variação de cenários, tendo até áreas com gelo. Sem contar as inúmeras áreas internas com atenção aos pequenos detalhes, o que incentiva muito a exploração. Com um desempenho muito bom em 60 fps sem quedas, mesmo em grandes fugas com pulos e tiroteios pela cidade. Sobre a trilha sonora não há grande destaque, mas vai te embalar nos momentos de combate. Destaque para o uso do DualSense, muito bem aplicado principalmente no manejo das armas.

Finalizando mais uma resenha. Deathloop é um game que consegue inovar em sua premissa com o loop temporal, utilizando uma gameplay já conhecida de Dishonored. Com uma duração em torno de 12h a 14h ele vai te entregar bastante diversão com uma história recheada de conceitos científicos e com algumas reviravoltas. Quem curte essa temática ou um FPS diferenciado irá curtir esse aqui. Certamente um dos melhores títulos do ano. Por se tratar de um game da Bethesda, podemos esperar que chegue ao Xbox Series em algum momento não tão distante, provavelmente até no Game Pass. No final fica a pergunta. Será você capaz de quebrar o loop?

 

Para mais vídeos como esse se inscrevam no canal Uns Caras Que Jogam.

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