O Homem do Norte – Go to Valhalla! || Resenha

A vingança nunca é plena!

Sim meus caros guerreiros sedentos de sangue! Seu Madruga já havia mandado a letra anos atrás, “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena!”, e aqui temos uma história toda moldada na vingança e na crença! Vale dizer, que NÃO TEM SPOILER, e que trás a MINHA opinião, não estou aqui para bater o martelo do que é bom e do que é ruim não hein? E o filme é um daqueles dificeis de resenhar sabe? Por ter momentos tão melancólicos que você só consegue curtir o momento sabe? Dito isso, bora resenhar!

O Homem do Norte || Hospício Nerd
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Já quero começar falando uma coisa, eu adorei todos os trailers do filme, porém, só no último eu percebi algumas coisas, como o fato de que a Anya Taylor-Joy estava no elenco do filme, e que ele era protagonizado pelo Alexander Skarsgard, por mais que ele seja um bom ator, eu não consigo gostar da persona dele, desde os bons tempos de True Blood, mas deixei de lado esse ranço e tentei curtir o filme ao máximo. A história também conta com as atuações de Ethan Hawke, que recentemente esteve no Cavaleiro da Lua, e da Nicole Kidman, o filme é dirigido por Robert Eggers, o mesmo de O Farol e A Bruxa, e o clima dos três é bem semelhante, você consegue perceber o toque e o estilo do diretor.  Então chega de falar bobeira e vamos entrar na treta brava!

A treta brava… quer dizer, a trama!

A história é de vingança, e isso é algo que temos que ter em mente, e o filme me ganhou logo na cena de abertura, um vulcão, neve e um narrador com a voz grave e rouca que me arrepiou até os cabelos do dedinho do pé! Adoro esse estilo, quando tem alguém narrando. Tudo começa no ano de 914, somos apresentados a um príncipe, o jovem Amleth, que é vivido pelo pequeno Oscar Novak, e conhecemos a rainha Gudrún, vivida pela Nicole, e o rei Horvendill, também conhecido como Ethan. Não tivemos muitos momentos em família, porém, um em especial chamou minha atenção, um ritual de pai e filho, totalmente baseando na cultura nórdica, com seus rituais religiosos, e nesse momento conhecemos um sacerdote ou bruxo, que é vivido pelo Willem Dafoe. E a parte religiosa é bem importante no enredo da história. E já que o filme é sobre vingança, e como a própria sinopse já entrega, o pai de Amleth é morto pelo irmão, e cabe ao jovem príncipe vingar a morte do pai.

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A vingança!

Temos um salto temporal e vemos o já adulto Amleth, que agora é um Guerreiro Lobo, parecia até que eu estava vendo uma adaptação de uma cena de um dos últimos livros do Crônicas Saxônicas, onde o Uthred e seus homens enfrentam esses guerreiros Berserkers, que vestem peles de lobos e agem como verdadeira feras. E nessa cena de pura selvageria, vemos momentos bem impactantes e violentos, não tanto pelo sangue e sim pela porrada do que estava sendo mostrado. E a movimentação corporal do Alexander ficou sensacional, com a cabeça tombada deixando uma corcunda animalesca, o que destoa é quando ele fala kkk a voz não combina com a selvageria extrema do personagem sabe? Mas nada que estrague o filme.

Tudo é dividido em capítulos, e lembra que eu falei que a religião faz parte da história? Pois é, Amleth é fiel a seus deuses, então vive de acordo com os desejos deles, a própria hora de vingar a morte do pai já havia sido profetizada, então ele não poderia fazer nada antes disso, não conseguiria, e também não seria morto, era isso que acreditava e é isso que somos levados a crer. Todo o misticismo e fantasia que surge na história é baseada na crença dele, e como a história tem o seu ponto de vista, é algo justo de ser mostrado.  As cenas de luta são bem sangrentas, porém, esperava um pouco mais de momentos de batalha, mas o propósito maior era a busca pela vingança e não a matança desenfreada nê?

E essa busca não demorou tanto, mas como existia um momento certo para que a vingança fosse concluída, passamos pela calmaria antes da tempestade, com direito a mergulhar ainda mais nos rituais da religião nórdica.

No fim das contas.

A fotografia e a trilha sonora são sombrias e angustiantes, você sente até frio, mas o balanceamento de luz também é uma marca do diretor. Uma coisa que me incomodou um pouco foi a transformação do Amleth quando já era um adulto, a parte de sou fera e sou homem, ele voltou ao normal muito rápido, pelo menos eu achei. Com uma boa direção, roteiro fechadinho, temos uma história muito foda que foi adaptada de uma lenda real! E com direito a um plot twist que me pegou beeeem desprevenido. Mesmo não sendo muito fã do Alexander, o filme é bem interessante, é um daqueles que ou você vai gostar, ou não vai. Em alguns momentos se torna arrastado, mas quando se está imerso na história, isso não é nem de longe um problema. Então, o filme entrou no Valhalla e tome lá CINCO FLAVITOS! 

 

 

 

 

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