O Mundo de Papel – Uma história Infinitoon! || Resenha

Se liga!!

Bem no início dessa história, acreditei que mergulharia num enredo similar àqueles filmes norte-americanos bem clichês dos anos 90, sabe? Onde uma mocinha é rejeitada por seu grande e sonhado amor, o quarterback valentão da escola. Mas não se engane, pois o que acontece em O Mundo de Papel é bem diferente.

De qualquer forma, como todo adolescente, mudar de escola no meio do ano pode ser uma ideia apavorante. Mas para Lívia – a personagem principal desse enredo – habituada a não se encaixar facilmente em todos os ambientes, parecia apenas mais um dia solitário e sem cor. Risadinhas e comentários dos veteranos, reparando, cochichando sobre seus traços, além daquelas chacotas desnecessárias que tanto repetem no processo de bullying. Sim, aquele mesmo: doloroso, devastador e, aparentemente, inevitável no universo escolar.

Em meio a todas essas mudanças, Lívia registra tudo em lindos desenhos: suas dores, sonhos e desejos, que tomam formas e realizam ações à medida em que ela vive intensamente cada dia na sua mente, sem que ninguém perceba. Ou será que alguém percebe?

Imersa em seu mundo, passa a maior parte do tempo produzindo esses desenhos. Nessas incríveis artes, demonstra ludicamente sua visão diferenciada em relação ao mundo e como as coisas realmente acontecem através da sua percepção. Mas, afinal, essas cores que Lívia tanto procura para finalizar suas criações realmente estão em sua cabeça ou estão no mundo externo? Como ela ilustrará esse capítulo da sua vida?

Gostei bastante da personagem, que tenta encontrar-se em si, enquanto não busca diretamente encaixar-se em uma sociedade padronizada e limitante. E indaguei-me por que Lívia precisaria mudar seu jeito, sua personalidade e seus traços únicos para agradar aos demais. Será mesmo que essas mudanças são necessárias? Ou melhor, será que são possíveis?

Dentre tantos questionamentos, tentei entender Lívia ao máximo. É impossível não haver identificação com ela. Até porque, somos distintos em nossas vivências, culturas, rotinas, personalidades e percepção de mundo, enriquecendo o mundo com cada valor. Por isso, pergunto a mim e a você, leitor: o que é ser diferente? E qual é essa diferença?

E sim, acredito que você possa estar se perguntando: Lívia fez alguma amizade nessa escola, mesmo com todas essas dificuldades? A resposta é sim. Porém, assim como antes citado, todos têm suas peculiaridades e perspectivas únicas acerca de todas as coisas. E Talisson, que se tornou amigo de Lívia, de certa forma pôde oferecer um entendimento e apoio que ela não encontrou até então. Mas essa interação pode ser tanto enriquecedora quanto desafiadora.

Vamos lá na Infinitoon entender o que realmente vai acontecer com essas páginas em branco que Lívia ainda irá preencher? Acompanhe no APP!

Resenha By Daniela Ramirez

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