Um verdadeira viagem.

Desenvolvido pela Heart Machine e publicado pela Annapurna no dia 02 de dezembro de 2021 para PC, PlayStation 4 e PlayStation 5, temos Solar Ash, uma verdadeira viagem por locais fantásticos de uma galáxia distante. Será que essa viagem vale a pena? Vamos descobrir isso em mais uma resenha.

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Começando pela história, em Solar Ash seguimos a protagonista Rei, uma voidrunner que tem a missão de impedir o avanço do Ultravoid, um buraco negro que está ameaçando seu planeta. A aventura ocorre toda no próprio Ultravoid, que possui áreas variadas, correspondentes a partes de outros mundos antes sugados. A narrativa é um pouco difícil de compreender, pois é em grande parte contada por documentos encontrados ou conversas com alguns poucos NPCs. Mas sem spoilers, posso dizer que no final a história faz mais sentido e faz valer a pena toda a jornada, sua cabeça vai explodir.

A parte de jogabilidade é onde realmente está o foco. Temos um jogo de ação e aventura com destaque na movimentação rápida da personagem. Diria que o mais importante são as partes de plataforma, Temos combate também, mas é somente um detalhe, pois só temos uma opção de ataque e uma pequena variedade de inimigos. O Ultravoid é um mapa aberto dividido em 6 áreas bem diferentes entre si. O maior desafio fica mesmo em encontrar uma forma de chegar aos objetivos e destruir anomalias. Para limpar essas anomalias é preciso destruir uma sequência de estacas em um período limitado de tempo. Cada área do mapa exige a destruição de anomalias para liberar uma luta de chefe, de um total de 6, falarei deles mais pra frente. Fora isso temos alguns puzzles que exigem um pouco de raciocínio e velocidade na execução.

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O combate é simples, a barra de vida é bem limitada, mas é bem tranquilo de encontrar curas pelo mapa. Temos uma pouca variedade de inimigos, você passa pelos inimigos como se não fossem nada, mas não posso dizer o mesmo sobre as boss fights. Se me permitem a comparação, as lutas de chefes me lembraram Shadow of the Colossus, pela sua grandiosidade e também pelo fato de termos que escalar um inimigo gigante. Cada chefe possui 3 etapas, que funcionam como as anomalias que citei mais cedo, tendo que destruir uma sequência de pontos em cima do boss em um tempo limitado, é necessário rapidez e precisão. O único fator personalizável são os trajes. Cada um deles está dividido em partes espalhadas pelo mapa e confere um efeito passivo.

Agora na parte técnica, temos muitos pontos interessantes a pontuar. Vou começar pela trilha sonora, digna dos melhores filmes espaciais e de ficção científica. Por muitos momentos até lembrei da trilha sonora de Interestelar. E essa trilha serve muito bem aos cenários fantásticos e variados de mundos alienígenas destruídos. Mundos esses coloridos, parecendo quadros surrealistas. Apesar de não ser um jogo de grande porte em quesitos gráficos, mesmo no PlayStation 5 percebi pequenas quedas de fps em poucos momentos. A gameplay é bem satisfatória, mas faltou algum tipo de polimento na movimentação do personagem e da câmera. Algumas vezes caí de pontos muito altos ou de cima dos chefes de forma que me senti frustrado, por uma injustiça, não por uma falha minha.

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Finalizando mais esta resenha. Solar Ash era tudo o que eu esperava, mundos fantásticos com uma jogabilidade veloz e simplificada. Acabei me surpreendendo com os grandes chefes e com a história em si. Sem muitos problemas técnicos este game é uma experiência que vale a pena se ter, certamente um dos melhores indies deste ano. Vale aqui pontuar um detalhe, levei em torno de 7h para finalizar a minha jornada, e as versões de PlayStation, na data de publicação desta resenha, estão com um preço que pode ser um pouco salgado, para o total de conteúdo entregue. De toda forma ressalto, vale ter essa experiência quando possível. Será a Rei capaz de impedir o Ultravoid de destruir seu planeta natal?

(Via: YouTube/Uns Caras Que Jogam)

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