A Substância Da Vida Real: O Que a Vitória De Mikey Madison no Oscar Diz Sobre Hollywood! || Coluna

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Oscar 2025: A Vitória de Mikey Madison e o Eterno Debate Sobre Juventude e Reconhecimento

Quem é Mikey Madison, vencedora do Oscar de Melhor Atriz

O Oscar sempre foi um palco de grandes emoções e discussões, mas a vitória de Mikey Madison por sua atuação em Anora gerou reflexões sobre merecimento e o valor atribuído a certos papéis femininos. Aos 25 anos, a atriz levou o prêmio de Melhor Atriz por interpretar uma stripper, um papel que, no fundo, reflete uma indústria que ainda prioriza a juventude e a aparência física das mulheres.

Isso não é uma crítica direta a Mikey—ela é, sem dúvida, uma atriz talentosa e tem um futuro brilhante pela frente. No entanto, quando analisamos a premiação sob uma perspectiva histórica, é inevitável compará-la com o legado de Demi Moore e Fernanda Torres. Ambas construíram carreiras com papéis marcantes e desafiadores, muitas vezes enfrentando críticas severas e rompendo estereótipos.

Os Escândalos do Oscar: Quando o Glamour Dá Lugar à Polêmica

Demi Moore, Fernanda Torres e o Peso do Etarismo em Hollywood

O filme A Substância, que aborda a história de uma atriz que recorre a mudanças físicas extremas para parecer mais jovem, traz uma crítica ácida ao etarismo em Hollywood. E o mais curioso? No mesmo ano em que Mikey Madison venceu o Oscar, Demi Moore, protagonista de Striptease—filme que, na época, foi duramente criticado—segue lutando para ser reconhecida como uma atriz “séria”, mesmo ainda no auge de sua carreira.

Assim como Fernanda Torres no Brasil, Moore construiu um legado que vai além da estética e de papéis superficiais. Ambas enfrentaram um mercado cinematográfico que reduz a mulher à sua aparência e, mesmo assim, entregaram performances emocionantes, complexas e inesquecíveis.

A Premiação de 2025 e o Que Ainda Falta Mudar

Mikey Madison brilhou em Anora, uma história de marginalização e exploração, e conquistou o Oscar. Porém, não deixa de ser frustrante perceber que a premiação ainda não reflete trajetórias consolidadas e consistentes como a de Moore e Torres.

O Oscar deveria celebrar talento, experiência e profundidade, mas, mais uma vez, Hollywood mostrou que a juventude e a estética continuam sendo fatores predominantes na indústria. Em 2025, ainda falta reconhecer o verdadeiro peso de uma carreira sólida—e não apenas o frescor de um novo rosto no estrelato.

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