A Verdadeira Dor – Dor de quem? || Resenha
Refleti bastante antes de escrever!
Superficialmente falando, é um filmão. Personagens com profundidade memorável, diálogos interessantes e uma carga emocional bastante intensa. Pois aqui estamos em mais uma resenha que será completamente, inteiramente, absolutamente minha opinião. Então, vamos nessa!
Acompanhamos a divertida excursão de dois primos, Benji Kaplan (Kieran Culkin) e David Kaplan (Jesse Eisenberg), que foram visitar a história de seu povo após a perda de um ente querido.
É um filme que tem o tom e a personalidade daquele tipo de pessoa que todo mundo conhece ou tem no círculo de amizades. Aquele tipo de pessoa que se demonstra feliz para esconder uma imensa tristeza. O personagem do ator Kieran transmite mais essa característica com evidência, buscando vivenciar tudo sem controle e se permitindo sentir. Já o seu primo, vivido por Jesse, é sempre mais cauteloso e controlador, mas está sempre mais frustrado com a vida e também com um remorso sobre a escolha que seu primo, quase irmão, fez no passado.
O filme usa como plano de fundo a dor do Holocausto e o sofrimento que os judeus enfrentaram, mas se desenrola mais profundamente ao nos conectar com os dois primos e nos fazer identificar com questões sobre diferentes tipos de solidão.
Várias vezes escutei risadas na sessão e, de fato, há momentos engraçados. Por alguns instantes, cogitei que a pessoa que estava rindo pudesse ser alguém com o mesmo tom do filme que mencionei acima. Porque, apesar das situações engraçadas, a tristeza estampada com a enorme carga das atuações, que também merecem ser aplaudidas de pé, não me fez sentir nenhuma vontade de rir. Pelo contrário, me causaram estranhamento e desconforto com as escolhas dos personagens.
Vale a pena a “excursão” nesse filme.