Anora – Casos de Família made in Russia!! || Resenha COM SPOILER

Capa Resenhas

A resenha de hoje traz uma verdadeira loucura!

O filme já começa quente, com um clima totalmente erótico e aquele cenário típico de boate. Mulheres desfilando no palco, dançarinas de strip mostrando suas habilidades (e mais um pouco), clientes indo e vindo, já que para elas “tempo é dinheiro”. É um começo que deixa claro o tom do filme: não é para menores de idade. E só para deixar explícito, esta resenha se trata da minha opinião e, aqui, neste filme, é tudo proibidão – algo que você assiste entre adultos que têm maturidade para dar risada de uns trem absurdos. Só que, no meio desse ambiente sensual e cheio de glamour fajuto, a história toma um rumo inesperado.

Logo de cara, somos apresentados a uma jovem dançarina, que está ali ralando (literalmente) para sobreviver. No meio da rotina dela, entra em cena um jovem cliente russo, cheio de grana, acompanhado dos amigos – tudo no maior estilo “novinho perdido na vida”. Ele mal conhece a protagonista, mas a conexão entre eles rola rápido e, por ela saber falar russo (idioma dele), já ganha aquele tratamento especial. Do nada, rola um pedido de casamento! (Ops! Alerta de spoiler!) Sim, o cara mal conheceu a menina e já quer casar, levá-la para viver uma vida de luxo e ostentação.

Anora : Poster

A partir daí, começa um “conto de fadas” moderno e bem questionável, com direito a mansões, presentes caros e um relacionamento que, obviamente, vai dar ruim. Mas o que seria de uma história dessas sem uma boa treta de família, né? É aí que entra o caos. A família do rapaz – rica, poderosa e completamente surtada – descobre o casamento e decide que isso não vai ficar assim. Eles voam da Rússia para os Estados Unidos, com jato particular e tudo, determinados a acabar com a festa. A mãe do noivo, que é o verdadeiro terror em forma de mulher, assume o controle da situação, enquanto o pai fica murchinho, só reclamando do desgosto que o filho deu.

Já os capangas da família? Parecem personagens de comédia pastelão, tropeçando em tudo e atrapalhando mais do que ajudando. É aquele tipo de confusão que te faz rir só de imaginar a bagunça.

O filme tem um tom satírico, especialmente na forma como retrata os russos. A Rússia é sempre associada à frieza e seriedade, mas aqui a família do noivo é uma caricatura completa: cheia de barracos, exageros e decisões absurdas. A ação do filme, que mistura perseguições, brigas e confrontos hilários, lembra muito o estilo de “Se Beber, Não Case” com uma pitada de “American Pie”. É aquele tipo de comédia que não se leva a sério, mas consegue arrancar boas risadas. Mesmo nos momentos mais tensos, é impossível não achar graça dos exageros e das situações ridículas em que os personagens se metem.

No fim, o filme entrega uma experiência divertida e, de certa forma, inesperada. Não é o tipo de história que você recomenda para assistir em família, mas com amigos ou sozinho dá para rir bastante. A protagonista, que começou como uma dançarina de boate tentando sobreviver, acaba vivendo um sonho estranho e problemático de luxo, enquanto o noivo só faz besteira atrás de besteira. E, quando você acha que tudo vai se resolver, o filme te deixa com um final meio aberto, daqueles que te fazem pensar: “O que foi que eu acabei de assistir?”. Entre risadas, críticas sociais e um enredo tão insano quanto o próprio título, é um filme que vale a pena só pela zoeira.

Resenha por @henriquepheniato



Fala visitante do Hospício! deixe seu recado aê!