Um final épico!!

E com “E” maiúsculo, chegou para Arcane nesta segunda temporada na Netflix, temos aqui um maravilhoso adeus.

Este texto se propõe a refletir exclusivamente sobre a série e a história que ela contou, deixando de lado o jogo e toda a mitologia associada a ele.

A belíssima animação criada pela Riot e distribuída pela Netflix marcou presença de forma soberana na primeira temporada. Ela demonstrou que, embora uma animação visualmente deslumbrante seja impressionante, não significa nada sem um roteiro sólido. Arcane soube exatamente o que queria dizer, que caminho seguir e, especialmente, onde queria chegar. Cada detalhe foi cuidadosamente planejado.

A Primeira Temporada

Resumidamente, a primeira temporada apresentou diversos núcleos de personagens que transitaram entre a cidade alta de Piltover e a subferia, chamada de Zaun. Com diferentes perspectivas guiando a narrativa, o foco principal recaiu sobre as irmãs Vi e Jinx.

Dividida em três blocos de episódios lançados semanalmente, a série cresceu em complexidade e intensidade, culminando no caos. Jinx iniciou uma guerra contra Piltover, revelando as duras realidades da vida na subferia. Agora, na segunda temporada, o conflito se intensifica e até os poderes cósmicos arcanos entram em cena.

Jinx e Vi em Arcane. Reprodução Netflix.

Guerra e Sacrifício

Arcane prova que consegue capturar a atenção do público com suas cores vibrantes, estilo único e trilha sonora marcante. No entanto, seu verdadeiro valor está nas histórias que tem a contar: sobre o peso das relações humanas, as escolhas difíceis e os sacrifícios feitos em nome de algo maior. É difícil analisar porque cada personagem e cada núcleo narrativo mereceria um texto próprio. Nada foi colocado na trama por acaso. Até os personagens com menor tempo de tela desempenharam seus papéis de maneira significativa, mostrando que cada detalhe foi aproveitado ao máximo. Poucas séries ou animações conseguem atingir esse nível de excelência.

Utilizando a animação como aliada, a produção eleva a narrativa ao variar estilos visuais e ritmos, criando uma experiência dinâmica e imersiva. Essas escolhas lembram o impacto de obras como Aranhaverso, mas vão além ao explorar a conexão emocional com os personagens. Diferentemente de outras animações, como What If…? da Marvel, que falharam em criar um vínculo significativo, Arcane nos coloca dentro da história. Fazemos parte das dores, alegrias e tensões de cada momento.

A Complexidade da Segunda Temporada

Com a chegada da segunda temporada, eu me perguntei: quem está certo ou errado nesta história? A série apresenta pequenos e grandes detalhes para que possamos compreender o que motiva cada personagem a agir como age. Jinx, por exemplo, oscila constantemente entre a sanidade e a loucura, mas entendemos suas razões. Cada minuto da narrativa é essencial para o desenvolvimento da trama, que avança de forma orgânica, sem pressa ou desperdício.

Mesmo nos momentos em que o enredo explora passados ou realidades alternativas que, à primeira vista, poderiam parecer desconectados da história principal, tudo se encaixa. A trama mantém um ritmo impecável, extraindo as melhores emoções do público.

Reprodução Netflix.

Uma Obra de Arte

Este texto talvez soe mais como um elogio do que como uma crítica, mas é difícil não se render a uma obra de arte como Arcane. A qualidade da animação é digna de cinema e não perde em nada para produções de grandes estúdios. É uma série que entende não apenas o que contar, mas quando encerrar a história.

Arcane divulgação Netflix.

O final nos dá um adeus doloroso, mas satisfatório. Enquanto acompanho a jornada de Jinx, Vi, Jayce, Ekko e tantos outros, sinto como se estivesse me despedindo de amigos queridos. Cada um fez seus sacrifícios, enfrentou desafios únicos e encontrou um desfecho digno de sua trajetória. Alguns finais são mais felizes, outros mais trágicos, mas todos carregam a profundidade que Arcane soube entregar.

Arcane está disponível na Netflix. Não perca a oportunidade de vivenciar essa experiência.

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Texto por: David Alves