Babilônia – Contou tudo? || Resenha
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Sem spoiler!!
Sim meus caros amantes do cinema, hoje vamos falar um pouco sobre o filme que conta a história da transição, do avanço da tecnologia, da mudança que marcou uma era, o fim do cinema mudo, e o inicio do cinema com som! E antes de começar, vale avisar que tudo o que estará nessa resenha é apenas a MINHA OPINIÃO, vou falar do MEU PONTO DE VISTA, não estou aqui para te dizer o que é bom e o que não é, e sim, compartilhar com vocês o que eu achei e senti assistindo o filme. Dito isso, BORA RESENHAR!
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PANCADA!
Com direção e roteiro de Damien Chazelle, o filme nos leva aos anos 20, para ver o momento em que a chave virou e o cinema mudo passou a ser falado. E qual o melhor jeito de contar essa história? Com um filme de 3 horas de duração é claro! E como prender a atenção logo de cara? Com uma apresentação que colocaria o Herogasmo no chinelo!! Uma festa com os astros do cinema mudo, e um elefante. Sim, um elefante! Os primeiros 30 minutos do filme teve de tudo um pouco, incluindo uma cena bem desnecessária de um paquiderme fazendo coco! E alguns closes bem sugestivos.
Após a festa somos levados ao set de filmagem, que foi outra explosão de musicalidade e alegria, vendo como as coisas eram feitas na antiga Los Angeles, com diversos filmes sendo gravados ao mesmo tempo, é aquele tipo de coisa que faz você querer vivenciar essa época sabe? Pois é, o problema é aí, quando surge a ideia inovadora de filmes com som, a coisa vai de pancadaria a torcida organizada para o filme acabar logo!
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Foi de proposito? Não sei!
Após a primeira hora do filme, a direção e o roteiro parecem se perder, todo o carisma dos personagens se perdeu como um desligar de luzes, se isso foi proposital, eu não faço ideia. Mas a mudança de estado de espirito entre a parte onde o cinema era mudo e a parte que começa a ter som, é algo gritante. Jack Conrad, Nelli LeRoy, Manny Torres e Sidney Palmer (Brad Pitt, Margot Robie, Diego Calva e Jovan Adepo), sem dúvidas seguram o filme com o peso do talento que tem, porém, não conseguiram segurar o peso de um roteiro que não sabia a hora de encerrar.
Jogando baixo, acredito que o filme tem pelo menos 1 hora e meia a mais do que deveria! Dando espaço para cenas longas, arrastadas e que não acrescentaram absolutamente nada na história. Talvez a ideia do diretor fosse criar um épico tendo essa inovação do cinema como plano de fundo, porém, a execução não foi tão boa quanto a ideia.
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No fim das contas.
Três horas de filme foi um erro por parte do diretor, a história se tornou arrastada e desinteressante, chegando a ser chata algumas vezes. Nem a escalação de um grande elenco foi o suficiente para segurar a história, isso sem contar aos momentos sem noção. Em alguns momentos até pensei que a ideia era fazer uma homenagem aos filmes do Tarantino, porém, sem o peso do roteiro dele. A trilha sonora, assim como a primeira parte do filme, foram sem dúvidas os melhores momentos da história, uma história que ao contrario do cinema mudo, não soube a hora de acabar. DOIS FLAVITOS.