Chucky – Uma piada assassina! || Resenha
Olá bonecos do hospicio.
Chucky, a série do boneco assassino está disponível na Star Plus e sua terceira temporada chegou ao final, será que vale a pena?
Chucky é uma figura histórica para o terror, com Freddy, Jason, Ghostface e outros, assim como eles, a figura se expandiu até demais, tendo 7 filmes que contam a história de um assassino no corpo de um boneco, um reboot que mais parece um episódio de Black Mirror, e em 2021 ele ganhou uma série que continua a história dos filmes, mas eu vou explicar tudo a seguir.
A história de Chucky até a série
Pra resumir, nos anos 80, um assassino está fugindo da polícia quando se machuca e para não morrer ele realiza um ritual voodoo e coloca sua alma em um boneco famoso e muito querido pelas crianças. Esse boneco vai parar nas mãos de um garoto, vai morrer e voltar 3 vezes, reencontrar sua esposa, ter um filho, morrer de novo, voltar para se vingar, ir para um hospício e conseguir dividir sua alma em vários corpos, humanos e de bonecos …, sim, é tosco mesmo.
A série
O boneco acaba em uma venda de garagem de uma cidade pequena, o garoto Jake (Zackary Arthur) adolescente o encontra e o leva para casa para que ele seja uma peça de arte que ele pode usar, mas assassinatos começam a acontecer na cidade, Jake descobre que tem um assassino no corpo do boneco não sabe se tenta parar o Chucky, ou ser parceiro dele.
A terceira temporada.
Chucky vai parar na Casa Branca …, sim, você não leu errado. Assassinatos misteriosos começam a acontecer e Jake e seus amigos precisam ir para Washington parar o boneco.
Essa série é o puro suco da galhofa, nada faz sentido e nem precisa fazer, mas incrivelmente a série está respeitando totalmente tudo o que foi estabelecido pelo personagem desde o primeiro filme e sem esquecer detalhes como a esposa TIffany, e os filhos Queer Glen e Glenda, e se voce vai começar essa série achando que o terror será predominante, não se engane, eles se pautam muito na comédia de humor ácido, muito porque o personagem precisa disso e todo o universo ao seu redor é montado com exageros, temos até cenas de exorcismo do boneco em meio ao caos, e isso nem é a parte mais louca da série.
Brad Dourif continua dando voz ao boneco Chucky e dessa vez tendo sua filha Fiona Dourif assumindo o papel de Chucky mais jovem antes de colocar sua alma no boneco, e que combinação perfeita pai e filha fazem aqui, é importante salientar que boa parte dessa série é feita em cima dos dois últimos filmes, a maldição de Chucky e o culto de Chucky, onde introduzem a personagem Nica (Fiona) sendo uma mulher que tem uma relação muito forte com o assassino tanto que ele vai atrás dela em busca de vingança.
O segredo para conseguir enfrentar essa série, é não levar a sério, entender o que você tá assistindo e saber que não tem limite para as maluquices que ela vai mostrar, e talvez por isso ela até canse, depois de um tempo ela fica repetitiva e é só uma piada que a gente sabe o final.
Os ícones do trash como Jason e Freddy, morreram e voltaram, algumas vezes se deram bem outras não, com Chucky é o mesmo, o boneco se torna imparável, e mesmo que morra a gente sabe que ele vai voltar, e incrivelmente nunca quebrando as regras que a mitologia já estabeleceu, apenas expandindo e escrevendo mais regras e conceitos, e nunca apagando ou reescrevendo o que já foi feito, por exemplo, a parte do Voodoo, que basicamente torna o Chucky quase onisciente, onipotente e onipotente, ele fica se queixando que tá fraco, mas não dá para enxergar fraquezas em um personagem imortal que pode livremente trocar de corpo e voltar de novo e de novo.
Uma quarta temporada está chegando e não sabemos o que vai acontecer, mas o Chucky vai causar problemas e só falta o Scooby Doo e seus amigos aparecerem na máquina de mistério pra perseguir o boneco, do jeito que o roteiro não delimita nada, qualquer coisa é possível nesse estado.
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Texto por: David Alves