Cobra Kai – COBRA KAI NUNCA MORRE!! || Resenha
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Acerte primeiro. Acerte forte. Sem misericórdia!
A sexta e última temporada de Cobra Kai chegou, e parece que voltou ao início, com Johnny Lawrence e Daniel LaRusso se tornando lendas.
Do YouTube até a Netflix
Cobra Kai começou no YouTube, dando continuidade aos eventos de Karatê Kid, mas, dessa vez, com Johnny Lawrence (William Zabka) — o principal lutador da equipe Cobra Kai — como protagonista.
Na trama, ele conhece Miguel Diaz (Xolo Maridueña), um jovem que enfrenta problemas de autoestima e bullying. Vendo isso, Johnny decide ensiná-lo karatê, não apenas para ajudá-lo, mas também para recomeçar sua própria vida.
A partir da terceira temporada, a Netflix adquiriu os direitos da série e resolveu continuar a história. O resultado? Uma nova febre na plataforma! E com razão, já que o lançamento aconteceu nos primeiros meses da pandemia, quando o mundo precisava de entretenimento mais do que nunca.
Perdendo fôlego.
Ao longo da série, vários rostos conhecidos da franquia retornaram para ser uma pedra no sapato de Johnny. Tudo começa com Daniel LaRusso, que não aceita a volta do Cobra Kai, seguido por Sensei Kreese e Silver — dois personagens marcantes da saga e grandes inimigos de Daniel-San.
Com o passar das temporadas, a série começou a enfrentar um problema: foi se transformando em uma típica novela adolescente. O núcleo jovem ganhou cada vez mais espaço, muitas vezes ofuscando o próprio protagonista. Aos poucos, Cobra Kai deixou de ser uma homenagem aos anos 80 e passou a focar nos dias atuais, recheada de adolescentes agindo como crianças e adultos se comportando como adolescentes.
O roteiro se resumiu a picuinhas entre os personagens, sempre resolvidas no tatame. Algumas lutas eram bem interessantes, mas muitas acabavam sendo constrangedoras. No fim das contas, a trama foi se perdendo, e a série mostrou que, talvez, não tivesse nada de tão especial assim.
Temporada 6.
A última temporada chegou para encerrar de vez a história, colocando as equipes para resolverem suas diferenças no Sekai Taikai, um torneio de karatê de nível mundial. Dessa vez, o Miyagi-Do, liderado por Daniel-San, assume o papel dos mocinhos, já que o Cobra Kai foi tomado por Kreese e Silver. E, como dois velhos senhores normais (só que não), eles decidem chamar os heróis para o torneio, onde rolam trapaças, troca de farpas, adolescentes insuportáveis e, claro, o karatê sendo tratado como a coisa mais importante do universo.
Dividida em duas partes, a temporada foca no grande torneio, deixando um pouco de lado as tretas bestas entre adolescentes e dando mais atenção às lutas em si. Aqui, finalmente vemos o que cada personagem ganha ou perde dentro e fora do tatame e por que essas batalhas são tão relevantes para eles.
Na segunda metade, a série se lembra de onde veio. No começo, Cobra Kai era uma homenagem nostálgica aos anos 80, com Johnny Lawrence e Miguel Diaz como protagonistas e o nome Cobra Kai crescendo como uma pedra no sapato de todo mundo. E é assim que a história vai acabar — mesmo que precise atravessar alguns momentos vergonhosos pelo caminho, incluindo um roteiro preguiçoso, digno do algoritmo da Netflix.
Se você quer um final feliz e empolgante, cheio de lutas iradas, vai ter que aguentar primeiro os adolescentes chatos e os adultos que se comportam como eles. Mas eu prometo: o final vale a pena.
Reprodução Netflix.
O futuro da saga.
A série não terá uma nova temporada, mas a saga Karatê Kid ainda não acabou! Vem aí mais um filme, intitulado Karatê Kid: Lendas, que vai reunir Ralph Macchio e Jackie Chan de volta aos papéis de Daniel LaRusso e Mr. Han. Com isso, o filme de 2010 se torna oficialmente canônico, e agora os dois mestres vão se unir para treinar um novo aprendiz.
Divulgação Sony Pictures.
Cobra Kai foi uma grande febre e digo que foi merecida, pelo menos ela sabe que está na hora de parar e chegou ao final com estilo e com a energia da primeira temporada, afinal, COBRA KAI NUNCA MORRE.
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Texto por: David Alves