O novo universo da DC chegou na Max com Comando das Criaturas, uma animação sob a direção do novo chefe da DC, James Gunn.

Depois dos eventos de O Esquadrão Suicida e Pacificador, Amanda Waller enfrenta uma proibição de formar equipes com meta-humanos ou criminosos habilidosos. Para driblar essa restrição, ela decide criar uma nova força-tarefa composta por monstros: a Força-Tarefa M, ou Comando das criaturas, liderada pelo General Rick Flag Sênior.

Comando das criaturas.

Nesta temporada inaugural do novo universo da DC, os eventos se conectam diretamente às produções anteriores de James Gunn.

A equipe, também conhecida como Comando das Criaturas, segue para um país isolado com a missão de impedir que Circe, uma poderosa feiticeira, desencadeie uma crise internacional. Circe, uma das principais inimigas da Mulher-Maravilha, aparece logo no primeiro episódio. Curiosamente, o universo trata as Amazonas como lendas, sugerindo que a Mulher-Maravilha ainda não foi apresentada.

O ponto alto, como de costume em projetos de Gunn, é o foco em personagens excêntricos e complexos, que mostram ter tanto peso quanto os grandes ícones do universo DC. Isso ficou evidente desde sua passagem por Guardiões da Galáxia.

Comando das Criaturas. Material de divulgação.

M de Monstros

No comando está Rick Flag Sênior, pai do Coronel Rick Flag, morto por Pacificador na missão de Corto Maltese. Ele ainda carrega o luto pelo filho, mas se destaca como um soldado habilidoso e uma pessoa decente apesar do seu círculo de amizades. Diferente de seu filho, ele parece ter conquistado o respeito de Amanda Waller — algo extremamente raro.

Entre os membros da equipe, estão:

• A Noiva: Criada por Victor Frankenstein para ser a companheira de seu primeiro monstro. No entanto, ela rejeita completamente a ideia de formar um casal.
• Nina Mazursky: Considerada por Waller como a mais equilibrada do grupo. Uma cientista brilhante transformada (Ou já nascida assim, não sabemos ainda) em uma criatura aquática semelhante ao Abe Sapien, de Hellboy.
• Doninha: Sobrevivente da missão em Corto Maltese, já conhecido pelos fãs.
• G.I. Robot: Um robô projetado na Segunda Guerra Mundial com o único objetivo de eliminar nazistas.
• Doutor Fósforo: Um ser com poderes radioativos permanentes, que geram cenas divertidas quando interage com os outros, o personagem já foi um grande vilão do batman mas aos poucos foi esquecido.

Ao longo da temporada, o Comando das Criaturas explora as motivações e histórias de cada membro, revelando como foram presos e recrutados por Waller. Como ela não pode mais usar bombas implantadas para controlar a equipe, optou por um dispositivo de choque. Se um membro recebe uma punição, todos enfrentam a mesma penalidade.

Reprodução – Comando das Criaturas

(Da esquerda para a direita: Nina Mazursky, G.I. Robot, A Noiva, Rick Flag Sênior, Doutor Fósforo e Doninha)

O que nos aguarda.

A frieza de Amanda Waller é destacada em sua habilidade de contornar as leis para atingir seus objetivos. Contudo, a equipe, igualmente grotesca e até perversa, prova ser digna do título de “monstros”. Por outro lado, o humor é frequente; no entanto, ele se mostra ocasionalmente desbalanceado, especialmente com cenas de sexo que, em alguns momentos, parecem existir apenas para enfatizar a liberdade criativa de James Gunn.

Apesar disso, os pontos positivos se sobressaem. O elenco de dublagem entrega performances memoráveis, e o roteiro carismático é um reflexo da marca registrada de Gunn. A promessa de que esses personagens e seus respectivos atores participarão de outras mídias — seja em live-action, filmes ou games — adiciona um peso à série. Com um universo coeso em expansão, os fãs da DC têm bons motivos para se empolgar.

Agora, é esperar pelos próximos episódios e ver como essa história vai seguir, não apenas para a série, mas para a DC inteira.

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Texto por: David Alves