D.P Dog Season 2: A violência sem limites de um sistema corrupto || Resenha

Olá dramaland, vamos falar do sucesso da Netflix, D.P Dog? A produção e o elenco desse drama voltaram para uma segunda temporada ainda mais impactante.

D.P Dog é um k-drama baseado em um webcomic de mesmo nome. Escrito por Kim Bo-Tong (autor do quadrinho) e dirigido por Han Jun-Hee, o dorama traz Jung Hae-In (Snowdrop), Koo Gyo-Hwan (Monstrous), Kim Sung-Kyun (Reply 88), Son Suk-ku (My Liberation Notes) no elenco principal.

Sinopse primeira temporada (AsianWiki):

An Jun-Ho (Jung Hae-In) é um soldado quieto e calmo, mas inflexível. O sargento Park Beom-Gu (Kim Sung-Kyun) percebe a tenacidade e a capacidade de observar do soldado An Jun-Ho. Ele transfere An Jun-Ho para o D.P. (Deserter Pursuit). Sua missão é pegar desertores. Enquanto isso, o primeiro-tenente Lim Ji-Seob (Son Suk-Ku) só se preocupa com seu sucesso nas forças armadas. Ele não se importa com o D.P. equipe.

Sinopse da segunda temporada (AsianWiki):

An Jun-Ho (Jung Hae-In) e Han Ho-Yeol (Koo Gyo-Hwan) tentam se recuperar dos eventos traumáticos que cercam a captura do Soldado Cho Suk-Bong (Cho Hyun-Chul). Eles continuam seu serviço no D.P, equipe que tenta capturar desertores militares. Enquanto isso, o sargento Park Beom-Gu (Kim Sung-Kyun) sente a pressão de seus superiores para encobrir os eventos recentes. Um tiroteio em massa ocorre em um quartel militar depois que um soldado foi impiedosamente intimidado.

Como D.P Dog é:

D.P Dog é uma série impactante do início ao fim. O roteiro é bem claro em demonstrar que não há intenção de romantizar as forças armadas coreanas e o sistema corrupto que há em volta de toda a exploração da imagem dos soldados. A abordagem é intencionalmente violenta e levanta questões importantes sobre violência física e psicológica e os abusos cometidos lá dentro.

Se na primeira temporada somos apresentados ao terror que Jun-Ho e Ho-Yeol precisam lidar todos os dias, na segunda vemos o resultado que isso causou tanto na vida dos dois, quanto nos companheiros de quartel. Eles precisam ir atrás daqueles que abandonam o serviço militar e trazê-los de volta, mesmo que isso custe a vida de todos.

Em cada episódio, o expectador acompanha o time D.P na caçada por um soldado desertor. E é aí que entra todo o drama da coisa, é quando vamos descobrindo com eles os motivos que levaram cada um a tomar a atitude e o desdobramento daquelas ações.

A minha opinião

O drama é para ser absorvido com calma. A sensação é a de um soco no estômago a cada episódio e isso não é algo fácil de lidar. Na primeira temporada, o roteiro focou em inserir o Jun-Ho naquele universo violento e cheio de tramas. Ao expectador cabia assistir assustado, com um nó na garganta e com medo do que viria a seguir. Éramos como novatos no meio daquele terror.

Para a segunda, o que vimos foram as consequências do excesso, tanto na vida da equipe D.P, quanto no batalhão, que está cada dia mais sem limites e nas mãos de um comando corrupto e abusivo. Jun-Ho está destruído, embora continue seguindo ordens e Ho-Yeol chegou ao limite físico e mental.

A segunda é tão boa quanto a primeira?

Na minha opinião, sim. O grande trunfo de D.P é o elenco. Com nomes de peso e atuações incríveis, o drama consegue nos segurar, mesmo lidando com cenas tão fortes e questões que incomodam para valer. E na segunda temporada, o ritmo continua frenético e violento, embora a produção tenha optado por inserir alguns momentos cômicos, na tentativa de aliviar um pouco o peso.

A nossa dupla funciona bem como sempre, apesar de Ho-Yeol parecer um pouco mais em conflito do que antes. E a surpresa dessa vez é para o Lim Ji-Seob (Son Suk-Ku), que subiu de patente e demonstra se preocupar um pouco mais com as ações.

Os casos continuam pesados e impactantes e Jun-Ho está sempre no limite, o que na minha opinião, fez da segunda temporada um pouco mais assustadora. Alguns elementos criados para “atrapalhar” o trabalho da equipe D.P pareceram um pouco forçado (o senhor “ninja”, por exemplo), mas não prejudicou a trama.

O destaque da temporada

Sem dar spoilers, eu preciso deixar registrado aqui o quanto o terceiro episódio me afetou. A caçada pelo soldado Jang Sung Min (Bae Na-ra) me destruiu tanto que fiquei pensando por vários dias. A sensação é a de quando a injustiça do mundo cruel em que estamos inseridos aperta uma ferida exposta, dói e imobiliza. Neste episódio, o trunfo é todo de Bae Na-ra que entrega uma Nina Jang incrível, uma personagem para o rol das memoráveis.

E o mais incrível é que D.P é o debut de Bae Na-ra. E que estreia, meus amigos! Não tem como não torcer e se emocionar com cada minuto desse episódio.

Conclusão

D.P Dog é um dorama para corações fortes, sem dúvida. Um roteiro pesado, que levanta questões importantes sobre violência física e psicológica, com cenas duras e feias e que tenta trazer um fio de esperança, mesmo que na luta contra um sistema já impregnado de sujeira.

O elenco é brilhante e consegue transmitir tudo com perfeição. Então, se você gosta de k-dramas intensos, com personagens fortes e que saem do lugar comum, este dorama é uma excelente pedida. Mas se você não curte essa pegada mais forte, talvez seja melhor não investir.

Ah, e tem uma cena pós crédito nesta segunda temporada. Vale a pena ver!!

Já assistiu ao drama  D.P Dog ou pretende assistir? Comenta aqui.

Leia também a resenha sobre The Good Bad Mother.

Eu sou Ana Paula Ribeiro e escrevo sobre doramas para o Hospício Nerd. Até a próxima!