É Assim Que Acaba – Vivendo uma paixão! || Resenha COM SPOILER
Aquelas coisas, né?
Assistir a um filme de romance estando apaixonado é a mesma coisa que ir fazer compras com fome e gastar além do que realmente precisa. Kakakak. Pois é, estou vivenciando uma paixão, e o Hospício Nerd me encaminha para um filme com uma temática profunda de relações familiares e de relacionamentos amorosos, com uma montagem que faz a história transcorrer sob nossos olhos de forma tão fluida que a emoção embarca e nos faz esquecer de que se trata de um filme.
Sinopse:
É Assim Que Acaba, longa do diretor Justin Baldoni, é uma adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome da autora Colleen Hoover. Na trama, Lily Bloom (Blake Lively) é uma mulher que, após vivenciar eventos traumáticos na infância, decide começar uma vida nova em Boston e tentar abrir o próprio negócio. Como consequência dessa mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro em Ryle (Justin Baldoni), um charmoso neurocirurgião. No entanto, à medida que o relacionamento se torna cada vez mais sério, também surgem lembranças de como era o relacionamento de seus pais. Até que, repentinamente, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), seu primeiro amor e uma ligação com o passado — uma alma gêmea, talvez? — retorna para a vida de Lily. As coisas se complicam ainda mais quando um incidente doloroso desencadeia um trauma do passado, ameaçando tudo o que Lily construiu com Ryle. Agora, com seu primeiro amor de volta em sua vida, ela precisará decidir se tem o que é preciso para levar o casamento adiante.
Refletindo.
O tema do filme traz a reflexão sobre comportamentos que perpetuam um ciclo de sofrimento e esbarra no complexo de Electra de forma muito bem contada e cuidadosa, sem apelar para muitas invencionices na trama. Logo no primeiro contato com o tal do amor de sua vida, o personagem Ryle (Justin Baldoni) surge agressivamente, chutando cadeira e xingando palavrões. Tudo isso antes de Lily Bloom (Blake Lively) não conseguir dizer cinco coisas que amava em seu pai diante de seu caixão, justamente por presenciar comportamentos agressivos com sua mãe em sua infância.
Por conta dessa rigidez diante de seu pai, Lily se mostrava uma mulher predestinada a não ser uma cópia de sua mãe e, assim, se posicionava como uma mulher difícil de cair em papinhos e flertes gratuitos. Mas parece que encerrar ciclos de sofrimento não é tão simples, e, em algumas horas de filme, vemos Lily Bloom sendo agredida e tudo sendo justificado como o habitual “foi um acidente”.
Pois bem, eu não me sinto muito confortável dando spoilers, porque me sinto desrespeitando sua imersão. Ainda mais sendo essa obra belíssima! Mas o filme tem muitas outras camadas além de tudo que trouxe até aqui e eu super indico. E o final é bonitinho.