Estômago 2: O Poderoso Chef – O Brasil não tem mais estômago! || Resenha

Pois é!

a minha humilde opinião, este filme é a melhor produção nacional brasileira. Lembro que assisti ao primeiro Estômago quando tinha 15 anos, porque eu era fã do Babu Santana, já que um tio meu participou como figurante em um filme onde ele era um dos capangas do personagem do Babu. Então, no ano de 2008, após o lançamento nos cinemas, vi o filme mais incrível que trata o ambiente de cárcere privado de forma tão criativa que faz parecer possível tudo aquilo existir.

Estômago 2: O Poderoso Chef || Hospício Nerd
Copyright Zencrane Filmes

Estômago 2 está no mesmo patamar do primeiro, sem um pingo de dúvida da minha parte. O filme me trouxe uma frase dita pelo ex-primeiro-ministro de Burkina Faso, Thomas Sankara: “Aquele que te alimenta, te controla.” E o filme explora exatamente esse enredo de quem detém o maior poder e controle no sistema interno do “casarão.” Ou seja, nem é spoiler dizer que o personagem Alecrim ainda mantém o controle dos chefões com sua habilidade de cozinhar.

Eu estava muito receoso de que repetissem algumas ações dos personagens do primeiro filme, mas fiquei aliviado ao final por nem ter pensado nisso durante o filme, mesmo com diálogos que remetem ao anterior.

Agora, um fato curioso que me deixou um pouco triste com essa produção: Estômago 2 não se trata de um filme nacional. Pois é… lamentemos. Eu queria que fosse mais um filme brasileiro do qual eu pudesse bater palmas de pé, mas toda a trama e o protagonismo estão nas mãos da máfia italiana.

Estômago 2: O Poderoso Chef || Hospício Nerd
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No meio do filme, quando percebi isso, imediatamente fiz um paralelo com algo semelhante que estou vivenciando na vida real, rsrs. Sou vendedor de um café chamado Grãos de Minas Gourmet, café 100% Arábica, plantado, colhido, torrado e moído em uma fazenda no interior de Minas Gerais, mas ele é exclusivamente para exportação. Ou seja, o que temos de melhor, não é para nós. Uma pesquisa recente sobre café revelou que apenas 3% da população brasileira consome café especial.

E foi essa a sensação que tive ao ver o filme: o Brasil não tem mais estômago. Mas, mesmo assim, é um filme que merece o orgulho de se dedicar tempo e dinheiro. Às vezes, você até se lembrará de Ratatouille, o que me despertou uma nostalgia múltipla que não consigo explicar.

Assistam!

By: Ranne Arthur.

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