Fátima: A História de um Milagre – Relatos do passado! || Resenha
A mãe do pai!
Sim meus caros pastorzinhos, hoje vamos falar um pouco sobre essa história que adapta um fato para lá de real! Acho interessante deixar bem claro logo de cara, que não vou falar de religião! Apesar é claro, de que o filme tem como alvo o público católico. Porém, minha resenha será sobre O FILME EM SI! Dito isso, tenho que avisar também que essa resenha NÃO TEM SPOILER, e que retrata apenas a MINHA opinião! Então, bora resenhar!
A trama.
Em Fátima – A História de um Milagre, em meio a Primeira Guerra Mundial, três crianças de Portugal Jacinta, Francisco Marto e Lucia de Jesus dos Santos testemunham seis visões da Virgem Maria entre os meses de maio e outubro de 1917. Após contar para adultos céticos, a igreja católica romana valida a visão das crianças, transformando a cidade de Fátima um dos principais lugares de peregrinação.
A história é feita em flashbacks, com a freira Lúcia, vivida brilhantemente pela brasileiríssima Sônia Braga. Que conta sobre o seu passado, mais especificamente sobre o dia em que pastoreava ovelhas junto a seus primos mais novos quando foram surpreendidos pela aparição de nossa senhora Aparecida, que foi interpretada pela atriz Joana Ribeiro.
Claro que presenciar um milagre muda vidas, mas na época a coisa não foi bem assim, o mundo estava mergulhado na Primeira Guerra Mundial, e mesmo precisando de um momento de fé, as pessoas ficavam com o pé atrás. Afinal de contas, eram três crianças. Lúcia como era a mais velha, acabou sendo a principal interlocutora da mensagem da mãe de Cristo. E foi interessante ver que a família das crianças tentou esconder o que tinha acontecido, fica até parecendo aquela fala do Doutor House:
– Se você falar com Deus, você é religioso! Se ele fala com você, você é psicótico!
O filme faz boas disposições entre passado e presente, porém a história se passou em Portugal e o idioma reinante no filme é o inglês! Claro que isso faz sentido por causa da produção do longa, mas a imersão na história fica um tanto quanto prejudicada. E tenho que ressaltar os diálogos entre Lúcia e o personagem de Harvey Keitel. Onde eles fazem um belo debate sobre fé e ceticismo. Cada um com seus pontos de vista bem argumentados, e por ser a melhor parte da história, poderia ter durado um pouco mais. A trama se desenrola de maneira simples, não se arrisca em outros cantos além do foco no que é contado.
No fim das contas.
O filme tem altos e baixos, se você não é alguém de fé, seja ela qual for, talvez não vá se aventurar nessa história. Mas se quer conhecer um pouco mais sobre um fato real, vale muito a pena dar uma conferida. E o tema não é simplesmente a fé, tem muita coisa envolvida! Temos uma narradora finita, e é interessante saber que a verdadeira Lúcia viveu até 2005, e a Sônia Braga mandou muito bem interpretando a freira. As crianças também mandam muito bem em trazer um pouco do que as verdadeiras devem ter vivido naquela época.
Interessante pensar que todos estavam vivendo momentos terríveis com os conflitos e seus parentes e amigos morrendo na guerra. As pessoas buscavam por esperança, acreditar em algo, ter uma verdadeira luz no fim do túnel. E através daquelas crianças, dos três partorzinhos que pastoreavam, tiveram uma verdadeira prova de fé!