Grande Sertão – É o novo Mad Max! || Resenha
Se liga!
O filme “Grande Sertão”, dirigido por Guel Arraes, é bastante intrigante e enérgico. Com atuações exageradas e ângulos distorcidos, incluindo muitos closes e super closes, acentua ainda mais o tom de fantasia que o filme nos traz.
Sinopse do filme: “Numa grande comunidade da periferia brasileira chamada “Grande Sertão”, a luta entre policiais e bandidos assume ares de guerra e traz à tona questões como lealdade, vida e morte, amor e coragem, Deus e o diabo. Riobaldo entra para o crime por amor a Diadorim, mas nunca tem a coragem de revelar sua paixão. A história, narrada por Riobaldo, é marcada pela presença de um personagem enigmático, Diadorim, que se torna um grande amigo dele e desperta sentimentos complexos. A identidade de Diadorim é um mistério constante para Riobaldo, que lida com escolhas morais e dilemas éticos, enquanto busca entender seu lugar no mundo e sua própria natureza. Nesse percurso, transcorrem as batalhas e escaramuças da grande guerra do Sertão.”
Eu, na minha humilde ignorância, não me sinto confortável em sentar-me em uma sala de cinema e assistir a uma grande peça teatral com muitos diálogos e movimentos exagerados o tempo inteiro. Sinto-me confuso, cansado e incomodado com esse choque de linguagem.
Parecia um grande espetáculo de Bertolt Brecht, que por sinal, eu gosto muito, mas quando vou ao teatro.
Eu precisei desligar meu lado militante sobre raça e classe para conseguir entrar na viagem do filme. São tantas questões que, se eu escolhesse ser atravessado por elas, não conseguiria escrever esta resenha. Quando eu enxergo…
O filme é uma adaptação de um clássico romance da literatura brasileira de Guimarães Rosa, e é aí que entramos no tão aclamado “dito popular”: CINEMA NACIONAL É RUIM. O grande cinema nacional ainda é produzido pela classe burguesa para a classe burguesa. Não é à toa que Bertolt Brecht tenha sido mencionado aqui e que toda a atuação do filme tenha como base o expressionismo alemão. Pois bem, desliguei minha militância, mas eu sou falho.
A estética do filme traz um divertimento e é bastante criativa. Parece que os atores se transformaram em personagens de um jogo de mapa aberto de PC.