Hurry Up Tomorrow: Além Dos Holofotes – Framboesa de Ouro mandou um oi! || Resenha

Olá, hospiscianos! A cabine de hoje é sobre
Um filme que, na minha opinião, é uma forte indicação ao Framboesa de Ouro — pra quem não sabe, é um prêmio dado aos piores filmes do ano, em contraste com o Oscar, que celebra os melhores. Pois é, esse aqui, na minha visão, merecia uma estatuetazinha daquele limão dourado. E eu até tinha uma pequena expectativa, confesso. Afinal, o elenco conta com a atriz americana Jenna Ortega, que ganhou os holofotes interpretando a Wednesday (ou Vandinha) da Família Addams. Ela ficou super conhecida por aquela atuação, que foi realmente muito boa. Mas o filme de hoje não é sobre a Vandinha, e sim sobre um artista famoso, observado da plateia por fãs num estádio lotado, e que claramente carrega um trauma mal resolvido — uma psicose ali meio camuflada.

Sinopse
“Inspirado no sexto álbum de estúdio do músico The Weeknd, Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes é um thriller psicológico que acompanha um músico famoso que, durante uma noite de insônia, é levado para uma jornada sem precedentes com uma estranha — uma jovem obcecada por seu trabalho (Jenna Ortega). A relação entre os dois deixa o cantor à beira de um colapso. Em meio à crise emocional, o cantor irá desafiar o que sabe sobre si mesmo e desvendar faces que não conhecia”.
O filme não foi 100% ruim, tá? Teve alguns efeitos pirotécnicos que eu achei lindos! E já aviso: tem alerta de luzes fortes e feixes que podem causar ataques epiléticos em pessoas com fotosensibilidade.
Achei bonito da parte da produção informar isso logo no começo, é o mínimo, mas ainda assim vale destacar. Só que o roteiro… ah, meu amigo, o roteiro patina! Jenna interpreta uma personagem com umas atitudes bem absurdas, meio fora da curva, do nada mesmo. Nada extremo, tá? Não chega a chocar, mas causa um certo incômodo. Ao longo do filme, a gente vai vendo esse artista tendo crises emocionais, e o enredo tenta abordar de onde vem a inspiração para compor as músicas. Isso até que foi uma provocação interessante — pensar que nem tudo que se canta tem ligação com a realidade. Muitas vezes é só imaginação, ficção pura, e os fãs é que colocam sentido ali.

Era pra ser psicodélico… Falhou!
Num certo momento, durante um surto no palco, o artista se encontra com a personagem da Jenna. Aí o filme tenta mergulhar numa tensão, numa espécie de “quem é ela?”, “qual a relação deles?”, “tiveram um caso?”, “são casados?”, “é coisa da cabeça dele?” — mas nada fica muito claro. A personagem dela vai tomando um rumo psicótico, bem psicopata mesmo. Chega uma hora que fica absurdo e estranho. Mas o que mais me incomodou, como cabineiro, foi a narrativa. Alguns poucos momentos têm uma fotografia linda de se ver, mas no geral, a história em si não faz sentido. O início já é desconexo, e o final… mais desconexo ainda.
Não se entende a relação dos personagens. Não fica claro se a história realmente aconteceu ou se era tudo da cabeça do artista. Até tem uma tentativa de dar um “sentido” no final, com uns pontinhos jogados ali pra parecer que tudo se conecta. Mas sinceramente? Não cola. A personagem some, depois reaparece, depois comete um delito extremo… Mas é tudo tão bagunçado que parece que o roteiro foi feito no improviso. E é aí que eu fico pistola: imagina quanto se gastou com esse filme? Direitos autorais das músicas, elenco caro, produção, figurino… Tudo isso podia ter sido canalizado pra contar uma história decente, em vez de fazer esse experimento confuso.

Como cinéfilo hospiciano, eu fiz esse sacrifício por vocês. E afirmo com tranquilidade: não vale a bilheteria. O único protesto que a gente pode fazer como consumidor de cinema é não dar audiência pra essas obras que mais confundem do que entretêm. Pode me agradecer depois! Sério, esse filme entra fácil no meu top 5 de piores filmes que eu já vi. Na real, acho que vou começar uma lista. Claro, teve uma ou outra coisa legal — como essa provocação sobre a inspiração musical e, claro, a presença da Jenna Ortega, que conquistou minha simpatia como espectador.
Mas a decepção pesou. Depois eu vou até ler a sinopse do filme (que não li antes, nem vi o trailer, porque não gosto de criar expectativas). Só sei que fui na fé e tomei um baque! Essas foram minhas primeiras impressões. Forte abraço, e é isso. Vamos juntos nessa… ou não, só se for pra ver esse filme de novo! Aí a pipoca você que paga, he! he! he!