Tenho uma grande paixão por terror, por conta do meu gosto por uma fotografia mais escura, misteriosa e pelas belas composições que o gênero nos oferece, mesmo quando a história não nos cativa tanto. Imaculada não foi diferente.
Cecilia, uma jovem religiosa, se torna freira em um convento isolado na região rural italiana. Após uma gravidez misteriosa, Cecilia é atormentada por forças perversas enquanto confronta segredos sombrios e horrores do convento.
Logo nos primeiros segundos do filme, imergimos em um ambiente amedrontador, típico do que nosso imaginário nos leva a pensar quando consideramos um convento e todos os seus tabus. Quando se trata de filmes que permeiam a religião católica, é inegável que todo e qualquer enquadramento seja espetacular e gracioso, por conta daquela arquitetura impecável, na qual a direção de Michael Mohan, em conjunto com a direção de fotografia de George Chiper, que também é um dos roteiristas, acertaram em cheio.
Já no quesito roteiro, não funcionou. A todo momento buscam cavar situações medonhas, mas não há explicação que sustente tais situações. A ponto de, ao decorrer do filme, não conseguir sentir nada pela protagonista e, poxa, eu sou canceriano, sinto empatia até por plantas! Mas saí da sessão com várias dúvidas e questionamentos sobre pontas soltas.
Para quem gosta de terror de se tremer todo, assim como eu, Imaculada não vai te atender tanto, mas para quem gosta de ver imagens muito bem feitas e uma fotografia espetacular, assim como eu, você vai se pegar imerso em grandes quadros meticulosamente bem elaborados.