Milton Bituca Nascimento – Insuficiente! || Resenha

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O cara é transcendente

Salve, salve, internautas internados desse hospício! Estou vindo trazer o remedinho cinematográfico para deixar vocês despertos para o que está por vir no cinema nacional. Exatamente, mais uma resenha recheada com a minha opinião sobre a obra Milton Bituca Nascimento, dirigida por Flávia Moraes.

E por ter sido uma cabine virtual, tive a oportunidade de convidar minha família para assistir comigo, e eles me deram depoimentos emocionantes sobre a obra, que irei compartilhar com vocês nessa resenha mais que especial. Vamo nessa!

Crítica | Milton Bituca Nascimento – Documentário Ilustra Músico Brasileiro Pelos Olhos de Seus Admiradores [Mostra de Cinema de Tiradentes]

Sinopse

“Documentário que parte da turnê de despedida de Milton Nascimento, para entender a complexidade simples de sua obra, e os mistérios que ele carrega nos fazem refletir sobre a alma brasileira. O filme mostra a dimensão mundial de Milton, capta a comoção que ele provoca nos fãs, explora a forte carga espiritual de sua obra, e investiga as origens de sua musicalidade nas entranhas do Brasil profundo.”

Quando se trata de produção nacional, a produtora Gullane domina o cenário e entrega com maestria cada realização.

Eu gostei bastante da composição desse documentário, tanto do ponto de vista técnico quanto cinematográfico. Mas, mesmo assim, me pareceu insuficiente para retratar a grandeza de Milton Nascimento. Mesmo sendo uma produção de grande porte, parecia ter sido mais uma prestação de contas de um edital do fundo setorial.

Eu digo isso porque o cinema brasileiro parece não ter compromisso com a criação de público, com obras que de fato almejam alcançar um grande número de pessoas. E, por se tratar de um ícone da dimensão de Milton Nascimento, achei que foi, sim, uma produção amena.

Quando a base para esse documentário é a turnê de despedida dos palcos, senti uma sensação minimalista em relação à trajetória de uma lenda viva, e em alguns momentos parecia que a obra estava celebrando a vida de um artista que já havia morrido.

Então, o que se passou na minha cabeça enquanto assistia: Uma mega produção, uma mega estrutura, uma montagem maravilhosa, uma direção digna, mas que, mesmo assim, não foi suficiente para mensurar o tamanho desse ser e o quão impactante é a sua existência neste planeta.

Tive a alegria de ver essa obra com minha família e vou compartilhar com vocês o depoimento de minhas duas tias mais velhas, que acompanharam comigo, diante de uma porção maravilhosa de camarão.

Tia Luci disse:

“Oi, gente, eu quero falar da experiência de assistir ao documentário Milton Nascimento, Bituca. Eu tive tantas emoções que me percorreram ao longo do filme, que, ao final, eu posso dizer que Milton Nascimento, para mim, é mais do que um ídolo, é um irmão. Quando Travessia, em 1967, trazia o nome dele para a cena, eu nasci dois anos depois. E eu tive a oportunidade de, em 1987, estar no ginásio do Mineirinho, assistindo aos 20 anos de Travessia. E hoje, quase aos 60 anos de Travessia, e eu já com cabelos brancos, Milton ainda em vida, vejo essa travessia, que faz parte da minha vida.

várias coisas eu fui vendo ao longo dos depoimentos e falas, tudo isso faz parte do que eu sou. Então, o que eu posso dizer que, Milton Nascimento, com a música dele, me faz sentir conectada ao mundo, sendo mineira de Belo Horizonte. E isso é comprovado, né? Não está no documentário. “Sou do mundo, sou Minas Gerais.” É isso que comprova para mim.

Na minha infância, já sabia da existência de Milton, cantava as músicas dele e, hoje, já na minha maturidade, com meus cabelos grisalhos, posso ver pessoas do mundo inteiro falando da música dele. E o que eu posso dizer que faço parte disso. Tenho a emoção e o privilégio de ter sentado ao lado dele, de ter o autógrafo dele com um trenzinho desenhados, porque só quem é de Minas Gerais sabe o que significa esse “trem”. Porém, é tudo. O “trem” é muita coisa. O “trem” é Minas Gerais. O “trem” é o mundo.

Salve Milton! Sou muito feliz por ter tido a oportunidade de vivenciar com muita emoção esse momento de pré-estreia deste documentário. Milton não é um homem, é uma estrela, uma estrela que brilha e compartilha com todos nós esse brilho, essa centelha. O que eu posso dizer neste momento é que todos somos centelhas de Milton Nascimento. E é uma emoção muito grande poder sentir essa emoção no quintal da minha casa, junto com a minha família, sabendo que sou do mundo, sou do Novo Glória, sou Minas Gerais, tudo isso graças a esse imenso amor que esse homem, Milton Nascimento, pode colocar no mundo.”  –  Tia Luci de Nanã

Depoimento da tia Cida:

“O documentário traz uma carga de emoção muito grande, pois ouvir Milton Nascimento, porque ouvir Milton Nascimento em qualquer circunstância é um presente. A cena com ele sentado na beirada da cama, falando das memórias dele foi genial.” – Tia Cida Pereira

Também meu irmão fez um comentário que eu concordei seguido de risos, O Imane Rane disse que pra contemplar essa estrela só se a família  Rockafeller quisesse bancar.

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