Naruto x Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections – Sasuke! Naruto! || Resenha

E o treino do Kakashi segue pesadão?

E com este mais recente título chegamos ao sétimo capítulo da tão adorada série Ultimate Ninja Storm. Novamente temos uma dobradinha colaborativa entre os desenvolvedores da CyberConnect2 e a publicadora Namco Bandai Games no mundo de Naruto e Cia.

Naruto x Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections assim como projetos anteriores passará por diversos momentos chaves da história do mangá/anime, iremos desde o chamado Naruto Clássico, passando por Naruto Shippuden e finalizando em uma campanha produzida exclusivamente para este game que é a parte de Boruto: Naruto Next Generations.

Está análise foi realizada na plataforma do Xbox Series S, tendo um total de jogatina em torno de 13 horas.

Capricho… (ou simplesmente a sua falta)

Não precisamos ir muito fundo para perceber que está faltando alguns aspectos importantes para este novo projeto. Falando exclusivamente sobre a história, Naruto x Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections deixa passar diversos momentos e lutas marcantes do anime, citando alguns exemplos: Jiraya e Tsunade x Orochimaru, Sakura x Kakuzu, Shikamaru x Hidan, dentre muitos outros embates históricos.

A sensação que fica no meu paladar é que foi feita de forma rushada, sem muito esmero pela experiência do jogador. Se a gente volta um pouquinho no tempo, vamos trazer para o debate o Naruto Ultimate Ninja Storm 4, título lançado no ano 2016 aqui no Brasil, game bastante apreciado pela comunidade e extremamente importante por ser o primeiro a ter a dublagem em português brasileiro, vulgo ptbr. Storm Connections tem praticamente a mesma jogabilidade de seu antecessor, podemos ir inclusive um pouco além, o modo história do 4 ainda consegue ser ainda melhor.

(Via: Divulgação – Namco Bandai Games)

Utilizar o termo DLC como base de comparação não se torna algo tão errado assim de se falar. Comentei mais cedo sobre a dublagem na franquia, muito legal a iniciativa de trazer para o game grandes nomes como Úrsula Bezerra, contudo em alguns momentos o áudio se perde completamente em alguns diálogos, trazendo até o debate para as redes sociais sobre uma possível adição de uso de IA. Curiosamente, na data da postagem desta análise (27/11), tivemos uma nota oficial para esclarecer que não foi o caso, foi apenas um erro de mixagem do qual será corrigido posteriormente, de acordo com a Namco Bandai Games.

Nostalgia, beleza e fator replay

Se a história fica devendo, não podemos dizer o mesmo nas animações dos combates e as suas habilidades. Jogabilidade bem satisfatória como um tradicional jogador da franquia espera, realizar os combos que os personagens tem a oferecer e conseguir encaixar corretamente no meio de tanta porrada e kunai os personagens de suporte é bem prazeroso.

Algo bem legal que devemos levar em conta é a questão dos jogadores casuais, para o público que não tem muita afinidade com a franquia ou até mesmo com videogame, eles conseguem se virar relativamente bem por aqui. A tática do esmaga botão funciona, kkk. O que poderia ser um problema as vezes são os quick time event (QTE), pode dar uma confundida na cabeça do jogador mas o bom é que não é obrigatório acertar para a sequência da luta.

(Via: Divulgação – Namco Bandai Games)

Para quem busca mais tempo de gameplay em jogos assim, acredito que vocês devem ficar bem servidos por um tempo. Um dos atrativos para o jogador se manter no game e buscar novas conquistas é o sistema de rankeamento das fases. Quanto menos dano tomamos no cenário, mais alto será a nossa pontuação, a busca pelo S (level mais alto possível) pode prender. As fases até que são bem curtas, favorecendo novas e novas tentativas.

Além do mais também temos o multiplayer online para quem busca algo mais competitivo. Existem personagens mais apelões do que outros, infelizmente, mas quem sabe em possíveis futuras atualizações não tenhamos patches de correções para balancear o game.

Vale a pena?

Fica difícil dizer visto que o seu antecessor lá de 2016 consegue ser melhor em como contar uma história. Mecanicamente são bem próximos, então para quem é muito fã e curte o modelo é um tiro certo, acredito. O conteúdo contando a história de Boruto pode dar um leve ânimo, agora para quem não tá familiarizado e não tem esse apego nostálgico, certamente se tornará uma experiência cansativa e bastante repetitiva.

Gostaríamos de agradecer a Namco Bandai Games/Theo Games por terem cedido gentilmente a chave para a produção desta análise