O Contador 2 – No final, a conta é zero! || Resenha

Fala, hospicianos do meu coração!

O filme de hoje é sobre contabilidade. E quando falo contabilidade, é “2 menos X é igual a zero” — e o valor de X é, nada mais nada menos, do que uma mira na testa de quem topou confusão contra esses dois caras, ou melhor! dois irmãos. A resenha de hoje é sobre um cara que, na minha mente, ficou eternizado como Batman e aqui mantendo a atuação tão boa quanto quando estrelou o filme. Aliás, é o Batman, e eu ainda acho que pode ser ele disfarçado… rs rs rs

O filme tem uma pegada muito gostosa sobre espaços neurodiversos. É de se imaginar, perceber e sentir que o contador, quando toma esse lugar no filme, transmite aquela imagem de pessoa fria, pouco emocional — o que, inclusive, não é algo inesperado para quem tá num posto de matador profissional.

Pois é, e eu ainda não vi o primeiro. Tô fazendo uma separação mental aqui. Até postei um story, marquei o Hospício Nerd, falando que ia me dividir em dois: um pra assistir esse filme aqui e outro eu pra ver o primeiro depois, e assim ter minhas convicções completas. Mas essa resenha é sobre este filme isoladamente. Se não tiver na plataforma uma resenha do primeiro, eu escrevo! Ou comparo depois. Voltando ao filme: ele tem uma pegada de espionagem, como veteranos de guerras secretas trabalhando por conta própria. E aí a gente entra no valor emocional de X (não a equação, o personagem mesmo). Vamos falar de julgamentos de valor — matar alguém é errado? E se for em legítima defesa?

Temos também uma detetive na obra, que tem seus interesses em fazer o que é certo, ou, pelo menos, o que se espera dela. Vi que quando ela é colocada numa situação inesperada, tipo quando precisa contatar uma pessoa que não conhece, e por clichê de filmes com assassinos mercenários, estes caras são procurados pela Interpol, então eu pude imaginar o que viria ou o histórico.

Ela entra nesse debate ético de “sou policial, mas não posso espancar”, e o outro cara “não é policial, mas tem contatos e resolve”. Lembrando quando lá no início falei da pegada neurodiversa, é porque, apesar de eu não ser especialista pra dar diagnóstico, o contador tem umas atitudes e “trejeitos” que nos fazem pensar que ele age movido por uma identificação com o meio e padrões próprios de comportamento. O cabra fez tipo uma Liga da Justiça neurodiversa! Isso foi demais!!!

Plot quase twist

O filme tem muitos tiros, muitas reviravoltas interessantes, e o plot twist, embora um pouco esperado, não tira o brilho da obra. Isso é maravilhoso! Espero de verdade que venha aí um “O Contador 3”, com novas surpresas. O filme tem até um momento meio “Casos de Família”, com situações bem reais, especialmente quando há dois irmãos — um com questões emocionais mais comunicativas, o outro com uma forma diferente de se expressar, e isso é muito bem trabalhado ao longo do filme, e mostra a diferença de comunicação entre as pessoas, principalmente quando falamos de neurodiversidade.

No mais,

é um trabalho incrível. Imagina se esse filme ganha um Oscar? Talvez não, mas poderia por momentos de boa fotografia e construção. É tudo muito bem feito — das cenas de perseguição à jornada da personagem principal, até os dilemas que ela enfrenta com seu próprio histórico. Quando o filme entra em temas como tráfico humano, exploração e drogas, o buraco fica mais embaixo. E a gente já espera que haja gente muito poderosa por trás. Dito isso, é um filme massa, mas não recomendado pra menores. É ideal pro tiozão que gosta de filme de ação, ou pra galera jovem que curte um paintball e jogos de estratégia. Dois caras contra um exército? É de se imaginar o que vem por aí! Gostei muito, super indico!

By: @henriquepheniato