O Poço 2 – Mais uma decepção! || Resenha
Chegamos no fundo.
A Netflix lançou uma continuação desnecessária que finge que tem coisas para falar, mas acaba não falando nada.
Sinopse.
Após um líder misterioso impor sua própria lei em um sistema brutal de celas verticais, uma mulher luta contra um método bizarro de distribuição de comida
Parece bom.
Depois do primeiro filme, era difícil saber se haveria algo novo a contar. A possibilidade existia, especialmente quando uma produção pequena consegue repercussão tão grande. O primeiro filme se destacou por ter sido lançado na pandemia e oferecido algo diferente no catálogo da Netflix. Os streamings estavam em alta, buscando produzir mais conteúdo novo.
“O Poço 2” segue a mesma premissa: uma prisão vertical com vários níveis e um poço no meio, por onde desce a comida. O problema é que as pessoas dos níveis inferiores passam fome, já que as do topo comem de forma egoísta.
Os eventos do filme se passam antes do primeiro, trazendo algo messiânico: um culto que impõe regras aos prisioneiros. O objetivo é distribuir a comida quase igualmente, mas à custa de violência e exploração.
No papel, parece uma ideia interessante, mas, na prática, não funcionou. O filme tem um ritmo rápido, não dando tempo para nos conectarmos aos personagens.
Eles aparecem e somem rapidamente, muitas vezes sem fazer nada relevante. Um vilão é colocado para ameaçar os protagonistas, mas a graça do primeiro filme era ninguém confiar em ninguém. Todos eram uma ameaça no original. O filme poderia ter expandido o universo já estabelecido ou contado uma história nova e independente.
Porém, ele tenta ser as duas coisas de forma ruim, como misturar massinhas coloridas esperando um arco-íris, mas resultando numa massa marrom.
O poço 2 é isso, uma massinha marrom cocô.
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Texto por: David Alves