O Som da Liberdade – E que som pesado! || Resenha
E aí, pessoas… Tudo bem??
As próximas linhas são para falar de um filme pesado, chamado SOM DA LIBERDADE. Lembrando sempre que essa é a minha opinião sobre o filme e que não tem spoiler. Bora lá…
Jim Caviezel reaparece na pele de Timothy Ballard, um agente do governo que trabalha investigando pedófilos e os prendendo. Tim está nisso há anos e tem obtido êxito nas prisões, mas nenhuma criança foi resgatada por ele. Essa rede de pedofilia sequestra crianças na América Central e do Sul e as revende para todo o mundo, como escravas. Tanto sexuais quanto para trabalhos dos mais diversos. Então Tim se propõe a encontrar uma menina em específico…
Durante as primeiras cenas em que mostram a ação dos envolvidos nas fases de sequestro, até a venda dos “produtos”, eu já dei umas mexidas na cadeira e fui ficando nervoso. Saber que aquilo mostrado na telona acontece todos os dias no mundo todo, me deixou com uma vontade de ser um justiceiro e sair matando todos os envolvidos. Porque o filme é isso. Te joga uma situação bem merda e você que se vire com seus pensamentos e sentimentos aí.
Falando das atuações.
Eu achei o Caviezel bem fraco. Em PAIXÃO DE CRISTO, ele soltou e entregou uma atuação incrivelmente convincente e fiel ao que o filme se propôs. Nesse, Caviezel me deu um desânimo… O cara parece que não tem expressão e, quando tem alguma expressão, é um sorriso que dá a impressão de ter sido lançado na hora errada. Os demais atores são bons e marcam bem as situações mostradas em tela, mas nada demais também. Destaque para o conhecido José Zuniga, que faz o papel de Roberto, um pai que tem seus filhos sequestrados e para Kurt Fuller que interpreta o chefe de Tim. As crianças atuam como a maioria das crianças de qualquer produção, menos Cristal Aparicio, que vive Rocio. Ela sim interpreta muito bem e tem uma semelhança com a MC Melody quando infante, que é absurda… (reparem nisso).
Mas, mesmo contando com um roteiro bom, porque é baseado em fatos reais, com atuações boas no geral, o filme dá umas patinadas e, acredito que muitos acharão um bom filme, pelo apego sentimental da questão que ele envolve. Pra se ter uma ideia, nem a trilha sonora foi inserida de uma forma coerente com as cenas, na minha visão. A temática da língua espanhola coloca muita música nessa língua, mas são músicas que, se não estivessem ali, não fariam falta.
No fim das contas.
Eu tinha dito para algumas pessoas que o filme é bom, mas repensando nas cenas e tals, cheguei à conclusão de que é um filme 5/10. A forma como retratam o tráfico de crianças é muito forte e é o que dá essa nota ao filme e só. Agora, falar desse assunto é delicado demais, porque vimos um cara que se viu na obrigação de tentar fazer algo por quem ele nem conhecia e não vemos empenho de autoridades competentes para fazer o mesmo, e isso mostra o quão podre é a sociedade. Saber que o ser humano é capaz de entregar uma criança indefesa para que um marmanjo se deleite sexualmente, é repulsivo. Saber que temos pessoas de altíssimo escalão envolvidas, é pior ainda. Falando nessa última parte, Jim Caviezel deixa uma mensagem após os créditos.
Para finalizar, SOM DA LIBERDADE não é um filme para qualquer um, e acho que deve ser visto pelo mote. Vão lá nos cinemas e dêem uma conferida. Lembrando que tudo isso aí é a minha opinião. Valeu?!
Abraços. Juggernaut