Os Fantasmas Ainda se Divertem – Já eu…|| Resenha
Os Fantasmas Ainda se Divertem… Mas Eu Não!
Como compartilhei no meu Instagram, tive a oportunidade de assistir ao clássico “Os Fantasmas se Divertem” (1988) no cinema, em uma sessão facilitada pela HN. Mesmo já tendo visto o filme inúmeras vezes, a experiência foi fantástica, pois, quando ele foi lançado, eu nem sequer era nascido. Sem dúvidas, esse filme é um dos meus favoritos, e fiquei muito entusiasmado com a notícia de uma sequência.
No entanto, não pude deixar de sentir um pouco de receio, considerando a crise criativa de Hollywood, que tem nos entregue tantas produções aquém do esperado ultimamente.
Entrei na sessão com grande expectativa, ansioso para embarcar em mais uma aventura de fantasia. O filme me causou uma forte impressão inicial ao utilizar o mesmo plano de travelling do primeiro filme, criando uma confusão interessante ao não sabermos se estávamos vendo a cidade real ou a maquete, tudo isso ao som de uma trilha sonora magnífica. Diferente do primeiro, que começa durante o dia, “Os Fantasmas Ainda se Divertem” inicia à noite, com uma fotografia que captura nossa atenção quase hipnoticamente.
Até esse momento, eu estava muito otimista. Porém, as coisas começaram a desandar com a inserção de subtramas desnecessárias e uma enrolação que não contribuiu em nada para o desenvolvimento da história. Essas
sub tramas foram aceleradas do meio para o final, resultando em uma bagunça absurda e sem desenvolvimento adequado.
Meu humor passou de 100 a 0. O dia que começou tão promissor terminou de forma péssima, o que me fez tomar uma decisão da qual, até o momento em que escrevo esta resenha, não me arrependo: esta será minha última contribuição com minha energia com resenhas para a indústria cinematográfica, especialmente a internacional.
Sinto que, a cada nova produção, há menos interesse e consideração com os consumidores de filmes e com a arte de contar histórias. Porem foi uma honra estar envolvido junto de um coletivo de pessoas apaixonadas por cinema. “Os Fantasmas Ainda se Divertem” apostou na estética e nas boas atuações, mas falhou em manter a grandeza do personagem que é Beetlejuice.
By: Ranne Arthur