Premonição 6: Laços de Sangue – O Melhor Filme Da Franquia || Resenha

Disse Thanos: “Eu sou inevitável.” E esse filme é sobre isso:

A morte, cabulosa e fodástica em toda a sua existência. Essa resenha não é um culto à morte, mas eu entrego aqui minha total satisfação pelo que assisti hoje. Warner Bros, você mandou muito bem nessa produção! Este filme, Premonição 6 – Laços de Sangue, entregou qualidade e perfeição. Desde o trailer, todo mundo já sabe que eu fico receoso quando vejo um trailer bem feito — porque, quando vou assistir ao filme final, a entrega geralmente não é tudo aquilo que se esperava. Mas este aqui, na minha opinião, foi nota máxima, foi 100% do início ao fim!

Surpresa introdutória

Já nas primeiras cenas ele entrega a nossa dúvida sobre o que mostrava no trailer. Toda uma perfeição de imagem e qualidade. Essa resenha é só elogios, não tenho do que reclamar. Já no início do filme ele entrega na alta, 100% perfeito, lindo, maravilhoso… E eu, com medo, pensando: “Nossa, será que a produção vai cair ao longo do filme?”. Porque costuma acontecer: alguns filmes entregam muito no início e depois o meio e o final ficam abaixo da média, deixando a desejar. Mas não foi o caso! Esse sexto filme da franquia começou muito bem, com uma entrega espetacular. O enredo da história não me deu tempo nem de respirar, pelo que eu acabei de assistir.

Quando eu falo “acabei de assistir”, é porque foi um espetáculo audiovisual. Isso foi absolute cinema! Uma comparação justa é como se eu tivesse assistido Os Vingadores – Guerra Infinita. Foi insano! Ou até Os Vingadores – Ultimato, na mesma qualidade de edição e produção. Esse Premonição foi tão bem pensado que me fez sentir como se estivesse assistindo a uma dessas produções estilo Deadpool 1, 2 e 3. Como se o mesmo roteirista ou produtor tivesse participado dessa obra. Teve muitas transições… e que transições, viu! Foram perfeitas, bem sincronizadas. Fiquei anestesiado com a perfeição na edição final — esse corte de uma cena pra outra, o jeito que o objeto foi colocado… os chamados match cuts no cinema foram muito bem aplicados!

Terror, além de maquiagem bem feita, tem que ter um bom som.

Fora isso, a questão do áudio… Hoje a cabine foi na sala IMAX, onde a proposta de equalização do som é diferenciada, com cinco pontos de som na sala. Então, você tem toda uma imersão surround enquanto assiste ao filme. Ainda assim, vendo o trabalho… eu continuo anestesiado! Tenho até dificuldade de escrever o que estou sentindo aqui agora, porque, além da história muito perfeita, com início, meio e fim, o prolongamento dos personagens foi fantástico. E os momentos surpresa? Estamos falando de Premonição, um filme que narra eventos em cadeia — o chamado efeito dominó — onde uma coisinha leva à outra e, no final, a pessoa morre. Quando cai a ficha do que está acontecendo, todo mundo tenta, por instinto de sobrevivência, se salvar de alguma forma. Vão atrás de outras pessoas que sobreviveram, tentam entender o que pode ou não pode ser feito… o filme dialoga muito bem com isso.

Essa trama da personagem em busca pela sobrevivência faz a gente acreditar na história, se compadecer da personagem e até torcer por ela, achando que vai ter uma chance. Mas a inevitável morte… milhões de anos de existência e experiência ceifando vidas… não vai ser trollada por uma serhumaninha da faculdade, né? Esse filme traz uma imersão que te coloca nesse lugar de observar melhor os detalhes da vida, do sentido, das coisas que acontecem. E hoje, ainda escrevendo essa resenha, pode ser minha despedida deste mundo… Vai saber, né? Vai que ela (a morte) vem me buscar. Ou não. Pode ser só daqui a alguns anos. Mas o modo como o filme narra isso… é lindo, é fantástico. Precisamos falar mais sobre a morte e o trabalho fundamental que ela desempenha no ciclo da vida.

Me levou ao passado e superou todos os outros filmes, este ficou melhor.

Voltando ao filme: diante de vários que estão sendo lançados hoje em dia, com tantas mostras levadas para o cinema, alguns sendo sucesso de bilheteria e outros nem tanto, esse aqui conseguiu manter a chama viva. Me fez esquecer que os filmes 5 e 4 de Premonição foram bem ruins (pelo menos pra mim). Eu, particularmente, não gostei dos dois. Mas esse sexto… foi melhor do que todos os outros juntos! Tem momentos em que eles brincam com a gente, com histérese dos outros filmes. E aí, só assistindo pra ver os trocadilhos com elementos que a morte já usou pra causar desastres. A narrativa é muito gostosa de acompanhar. A gente espera que todo mundo morra, claro, mas a trama nos leva a outras percepções…

Observando agora, enquanto escrevo essa resenha, lembrei de outro filme que assisti pelo Hospício Nerd, que tem resenha no site também: Monkey 11 – O Boneco Macaco Amaldiçoado. Não se sabe bem a origem da história, mas quando o bicho toca, mortes acontecem. E tem muito de Premonição ali também: mortes caóticas, abruptas… É como se a morte fosse a mãe daquele macaco, ou o macaco invocasse a morte da franquia. Foram mortes terríveis, mas engraçadas também (é meio estranho dizer isso). Esse novo Premonição traz esse espetáculo: imagem, som, efeitos, surpresas… Os atores foram muito bons, não tenho do que reclamar. Principalmente quando a obra me faz pensar que não vai acontecer o que eu imagino… mas o filme me leva com força pra dentro da história, e eu saí de lá totalmente drogado por essa experiência. Warner Bros, parabéns pelo trabalho espetacular. Minha nota é 10! E aguardo uma disputa acirrada no Oscar — principalmente nas categorias de efeitos visuais, trilha sonora, roteiro e edição. Parabéns!

In memoriam a Tony Toddy.

Último filme feito na carreira do ator falecido em 2024. Deixou um legado como o melhor e mais um dos maiores trabalhos com os quais participou, e nesse filme tem uma dedicatória linda a este homem, a essa persona incrível que me conquistou como cinéfilo e outros fãs também na franquia.