{Resenha} American Gods 3ªTemporada – Poderia ser épico, mas não chegou nem perto
E a guerra vem quando?
American Gods, a adaptação do ótimo livro de Neil Gaiman, chega a sua terceira temporada pelo Amazon Prime Video, já conferimos a série toda e vamos te contar o que achamos dessa terceira temporada.
Se você não sabe do que se trata a série, fique tranquilo que vamos te atualizar: Em American Gods, seguimos Shadow Moon (Ricky Whittle) (que sabe menos das coisas que Jon Snow) se jogando no meio de uma guerra iminente entre os Deuses Antigos (de todas as mitologias possíveis) e os Deuses Novos (Tecnologia, Dinheiro, Mídia, entre outros), os dois lados estão se preparando para uma guerra que até o momento nem sabemos mais se vai acontecer.
Depois de uma temporada bem interessante e de uma segunda arrastada e confusa, a terceira temporada teve todas as chances de se tornar épica e consolidar American Gods como um clássico que deveria ser, mas não o faz. Os 10 episódios lançados semanalmente foram difíceis de engolir, com um roteiro que se perde em si mesmo e uma sub trama que poderia ser muito interessante, mas termina do mesmo jeito que começou, sem nada a dizer.
Todo o arco do assassinato em Lakeside, por mais que pareça uma barriga criada no roteiro, ele é muito interessante, mas ficou ali, sem sal, sem ser trabalhado com a complexidade e suspense que a trama permitia, serviu para trazer humanidade a Shadow e mesmo assim fez muito mal feito.
E a guerra? A esse ponto da narrativa, arrisco a dizer, que guerra? A gente não consegue nem mais saber as motivações de Odin (Ian McShane) e nem de Sr. World, só sabemos que eles querem guerra, mas ela parece estar tão distante que nem sabemos mais e vai acontecer.
Então tudo foi ruim? Vamos jogar fora e esquecer que existiu? Nãooo! Por mais incrível que pareça o arco de Laura Moon (Emily Browning) foi incrivelmente trabalhado, dando um propósito e adicionando camadas a personagem que falta em muitos outros da série, se eu já tinha reclamado de Laura algum dia não me lembro (rs). Salim (Omid Abtahi) também tem um arco lindo e de uma sensibilidade incrível, ouso dizer que todo episódio sobre o Deus do Amor e o Hotel Peacock foi um dos mais bem trabalhados durante toda a série, foi lindo.
Uma quarta temporada deverá acontecer, e esperamos que seja a última, pois não há mais nada a ser desenvolvido que não seja pura enrolação de roteiro, com um final anticlimático, American Gods deixa aquele gostinho amargo, de algo que poderia ser incrível em todos os sentidos, mas o máximo que consegue é nos deixar cada vez mais confusos.