{Resenha} INVENCÍVEL! 8º Episódio Temp.1 – A conversa
O que acabamos de ver?
E chegamos ao final da primeira temporada de Invencível (Sim! A série foi renovada para mais duas).
Antes de mais nada, preciso fazer um agradecimento à Marvel e a DC, por todos os seus filmes de heróis, bons e ruins. Graças a estes dois estúdios que exploraram tanto o mundo dos super-heróis no audiovisual, o impacto de algo tão diferente quanto Invencível foi incrivelmente amplificado. Outra série que merece menção é The Boys, também da Prime Video, que abriu nossos olhos para “heróis” que são praticamente antíteses dos clássicos que conhecemos e que, talvez, tenha aberto as portas para a animação Invencível.
Dito isto, O QUE EU VOU ACHAR DE HOMELANDER DEPOIS DE VER OMNI-MAN EM AÇÃO?
O episódio começou fervendo com Omni-man explicando a seu filho sua verdadeira origem: um alienígena representante de um cruel império galáctico que escraviza planetas por todo o universo, e a Terra é seu próximo alvo.
Fonte: Prime Video
Na breve conversa Omini-man revela que seu plano sempre foi criar seu filho ali e com sua ajuda, em seguida escravizar o planeta. Mesmo sua esposa, para ele não passa de um animal de estimação. A revelação foi bombástica tanto para seu filho quanto para o público. A história do vilão não é tão original, vide o que os Saiyajins faziam em Dragon Ball Z, e diversos outras fontes, mas o que diferencia aqui é a arrogância e a prepotência divina de Omni-man, além de sua frieza e crueldade ao renegar toda sua vida na Terra e as pessoas com quem conviveu.
A Fúria de Invencível veio, e o esperado embate entre os dois finalmente acontece, porém, a palavra mais adequada seria massacre. Omni-man é o verdadeiro invencível e seu filho não tem nenhuma chance contra o pai, que ante a recusa do filho de se juntar a ele, o espanca sem dó. Presenciamos na luta um dos maiores morticínios já vistos num seriado. Ao evidenciar a seu filho a diferença entre suas capacidades e o quão pequenos são os humanos e suas vidas miseráveis, Omni-man literalmente usa seu filho como objeto para uma verdadeira carnificina em massa. Pessoas morrem como insetos nos efeitos colaterais da luta, e algumas são cruelmente assassinadas de propósito pelo vilão.
Fonte: Prime Video
Aqui algo me agradou demais: estamos acostumados a combates finais onde um vilão invencível começa levanto vantagem, mas o herói, motivado por algo ou utilizando uma arma ou técnica especial acaba dando a volta por cima e superando seu inimigo, trazendo um final feliz à história.
Bem, fico feliz de dizer que isso não acontece aqui. Invencível não tem chance contra seu pai e ao longo da luta isso vai ficando cada vez mais evidente. Não há motivação ou arma que ele ou os humanos possam usar para deter o vilão e o herói é espancado como poucas vezes vimos no áudio visual de super-heróis.
Omni-man estava disposto a matar seu filho com as próprias mãos, e chegou bem perto disso, mas foi detido por, talvez, uma fagulha de humanidade que tenha desenvolvido na Terra, aliado a um resquício de amor por seu filho.
Assim, confuso, o vilão interrompe a luta e parte da Terra, deixando Invencível à beira da morte.
Isso pasmem, não foi nem metade do episódio.
Fonte: Geek Tyrant
A partir daí, o episódio passa a colocar as peças no lugar e mostrar como a Terra ficou após a tragédia que a luta desencadeou, matando milhares de pessoas. A série também se preocupa a mostrar com rara sensibilidade a nova vida de Mark e sua mãe, sob a sombra de seu desaparecido pai.
O episódio também dedica um tempo a desenvolver a relação entre os novos Guardiões Globais e mostrar como estão evoluindo como um grupo, isso além de mostrar toda a tecnologia que a Terra corre para desenvolver a tempo de se prevenir para o retorno de Nolan.
A ameaça de Omni-man partiu misteriosamente, mas ainda existe, e foi interessante a série pontuar todas asuas pontas soltas, mostrar os vilões deixando claro que ainda há muita história a ser contada e muito treinamento para Invencível antes de poder enfrentar seu pai novamente.
Invencível termina de forma magistral o que começou. Uma série com uma dublagem original e em PT incrível, uma trilha sonora contagiante e criativa, personagens carismáticos e um roteiro que não cansa de surpeeender. A série entrega um final de temporada além do que esperávamos e uma boa justificativa para as temporadas vindouras. A única tristeza é ter que esperar até o ano que vem pra mais.