{Resenha Literária} Divinos: Inquisição Vermelha – Uma baita fusão Nerd!
Referenza Nerd!
Sim meus caros Heróis, hoje trago para vocês a resenha de um livro bem diferente, ele foi escrito por David Alves, autor que por um tempo fez parte da equipe Hospício Nerd, e isso já é mais que um selo de qualidade nê? Hehe! Bom, antes de mais nada, eu quero dizer que nossas resenhas como sempre, NÃO TEM SPOILER, e que retratam única e exclusivamente a opinião de quem escreve, ou seja, tudo o que você vai ler aqui é a MINHA opinião! Não estamos aqui para falar o que é bom e o que não é, simplesmente apresentamos para vocês o nosso ponto de vista, e estamos sempre abertos a um bate papo para lá de educado hein? Dito isso, bora entrar no mundo dos Divinos!
David nos trás uma história que praticamente navega em todo o multiverso da nerdisse, mas mantendo uma identidade própria. Somos levados a um passeio pelo tempo, logo de saída estamos em 1938, e um evento celestial acontece, uma chuva de meteoros que dura sete dias, o evento ficou conhecido como “A Semana do Cometa”, e quando a radiação liberada pelos corpos celestes atingiu os humanos… BUM! A era dos Heróis começou! Mutações no DNA fizeram com que as pessoas ganhassem poderes para lá de especiais, e nessa nova era, foram conhecidos como Divinos, já que muitos viam aquilo como um milagre! E claro, que toda a euforia não ia durar muito nê? Ao mesmo tempo que a população os via como salvadores, as forças dos governos os viam como armas de destruição. Com todos os altos e baixos da era dos Heróis, um homem surgiu, cruel e louco para se ver livre dos Divinos, e com seus discursos populistas, liderou um golpe de estado que derrubou até o Papa, e assim se iniciou uma nova era, a era comandada pelo Supremo Líder, que iniciou uma caça ás bruxas, que no caso era uma caça aos Divinos, a INQUISIÇÃO VERMELHA!
E claro, com a ascensão de uma ditadura, a resistência também surge, e então somos jogados no tempo, e ao longo dos anos somos apresentados aos nossos heróis, que não fazem necessariamente parte daquele grupo oficial que luta contra o Supremo Líder, mas que também odeiam e querem ver o miserento derrubado. Nosso grupo se encontra no ano de 2038, alguns deles tem poderes para lá de especiais, como o Luther por exemplo, me fez lembrar dos Novos Deuses lá de American Gods, o poder do cara é um que eu gostaria de ter, sua mente se liga à rede, isso mesmo, ele é uma Matrix ambulante, quer aprender a fazer um sanduíche usando gelo? Peraí… ele faz o download da informação e pronto! Será que o MacGyver era um Divino?! E as referências continua, como por exemplo o soldado Drake, que assim como um certo Steve Rogers, foi transformado em um Super Soldado graças a um soro especial, mas esse não foi criado pelo Stark não! E ainda falando de personagens para lá de especiais, temos a Adeline, uma vampira que deixaria até John Wick no chinelo! E naquela coluna de heróis que o poder é a bufunfa, temos o Nathan! E por último mas não menos importante a pequena Thalia, uma Divina que nasceu com seus poderes.
Ao longo da história somos levados pela onda nerd, até parecia que eu estava lendo Jogador Número 1, buscando easter eggs e referencias em tudo o que é linha, acho que algumas foram lançadas sem nem mesmo o autor querer, ou talvez eu tenha visto com olhos de Tandera, e por falar no autor, de vez em quando ele aparece na história, narrando algumas coisas, pontuando outras, ele se torna um personagem, e quem me conhece sabe que eu adoro esse tipo de coisa. A ação não fica focada apenas no grupo de personagem principal, ela se espalha por todos os lados, dando a cada um momentos próprios, batalhas próprias e claro, sofrimentos e perdas próprias. E isso é algo bem legal quando temos mais de um personagem dividindo o protagonismo da história, todos eles tem seus momento á frente das lentes, ou das páginas no caso. Os vilões também não ficam para trás, e o mais louco é que a grande maioria deles, se não todos, são simplesmente humanos, com suas falhas, suas intermináveis falhas. Sejam os humanos do lado da Inquisição, quanto os humanos ao lado da Resistência.
No fim das contas, temos uma boa história em nossas mãos, com um universo incrível que tem grande potencial de exploração, e as referencias nerds dão um “tomperro” a mais, seja com alguma referência literalmente escrita, ou aquela que tá lá para quem quiser ver. E ter o nosso país retratado em um universo de fantasia é sempre algo bem divertido de se ver, e com direito a um epilogo que dá uma bela preparada para a nova aventura. Alguns pequenos detalhes acabaram passando despercebidos pela edição, mas nada que atrapalhe a experiência, e isso fica de aviso também, quando nós, escritores chamados de amadores, damos nossa cara a tapa e por conta própria lançamos nosso projetos, não temos o que os grandes tem, uma equipe bem paga para revisar cada virgula e ponto final, infelizmente vivemos em universo sem os Divinos, onde para alcançar a luz precisamos viver na escuridão por muuuuuuito tempo! Eu super indico para vocês darem uma chance para essa história e para todos os autores “amadores”, dentro das naves que voam abaixo do radar, existe uma tripulação municiada de grandes histórias.