E vem polêmica!
ATENÇÃO, SPOILLERS LEVES ABAIXO!!
Mais uma polêmica está a ponto de explodir com esta nova minissérie da Netflix.
Nada ortodoxa conta em apenas quatro episódios a história de Esther (Shira Hass), uma jovem judia americana que apesar de respeitar sua religião, simplesmente não se encaixa em seus termos e ritos. Assim, temos uma história que aprofunda de rara maneira a visão e conhecimento do público sobre esta vertente da religião judaica.
(Foto: Esquire)
As atuações são parte do melhor que a série tem a oferecer. A protagonista Esther apresenta uma fragilidade e até imaturidade física, que contrastam com sua personalidade questionadora e insatisfeita. Desde o início, a atriz é eficaz ao demonstrar o quanto sua personagem não se encaixa naquela sociedade, apesar de seus sinceros esforços.
O resto do elenco não tem tanto espaço para brilhar, mas tampouco decepcionam, transmitindo toda a verossimilhança que a história necessita.
O enredo e roteiro são rasos, simples, sem grandes reviravoltas, o que prende na história é de fato se aprofundar nos hábitos da religião e ver como uma pessoa nascida e criada nesse meio encara o mundo à parte dela.
(Foto: Esquire)
A série é bem produzida e quase documental, os figurinos são fiéis e de certa forma, chocantes.
Entretanto, a minissérie peca ao gerar uma tensão vazia nos últimos episódios, no afã de cumprir a regra da curva dramática, onde na jornada de um herói, o final deve ser apresentar um perigo ser superado. Tal perigo é simplesmente ilusório e artificial.
Outro ponto negativo é a série acabar de forma abrupta, como se subitamente houvesse acabado seu tempo. Diante de todas as agruras passadas, o desfecho deveria ser melhor narrado e desenvolvido, ficando extremamente solto e aberto.
(Foto: Esquire)
Mas enfim, nada que abale muito a qualidade e o objetivo da série que é chocar e informar, e nesse sentido, é um prato cheio para quem se interessa por culturas distintas e quer assistir a uma série que não exija grande compromisso de tempo.
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