Valeu!!
ATENÇÃO !!! SPOILERS DO EPISÓDIO 8 DE O MANDALORIANO ABAIXO!
A saga do Mandaloriano e seu pequeno amigo verde chegam ao final da primeira temporada. E que final!
O episódio anterior deixou Mando e seus amigos numa enrascada diante do terrível vilão Moff Gideon e a conclusão da encruzilhada não decepcionou.
Giancarlo Exposito no papel do Moff ex-imperial consegue impor todo o seu perigo e imponência, um vilão digno para nosso herói, que realmente se vê sem saída.
A conclusão ainda tem um duplo efeito surpreendente, o expectador fica ansioso e temeroso pela reação do ex-andróide pistoleiro; IG-11. Será que ele retornará à sua função ancestral, que é matar o Baby Yoda? Ou a programação de Kuiil terá realmente funcionado, e o androide se tornaria um fiel defensor do bebê?
Temos esta resposta de forma catártica na reação do androide, mas não sem antes, uma bela piada com dois stormtroopers e o bebê. Momento tenso e divertido protagonizado pela dupla, que merecia sobreviver e dar mais graça aos soldados imperiais, que não passam de Body count para os protagonistas.
IG-11 aqui volta como a arma secreta dos protagonistas, encurralados, trazendo o bebê de volta para sua posse. A entrada forçada do androide pelo exército de imperiais é um pouco inverosímil, mas a história é interessante e os personagens, carismáticos, então, você deixa passar e se diverte.
Neste episódio, finalmente vimos o rosto de Pedro Pascal pela primeira vez, com uma boa “desculpa”. Precisava? Talvez não, mas não prejudicou, e trouxe ainda mais humanidade ao personagem.
Mas infelizmente, nem só de momentos bons viveu este último episódio. A chacina dos Mandalorianos pareceu aleatória e improvável, parecendo estar ali apenas para dar o sentimento de “agora é pessoal” entre Mando e Moff Gideon para a próxima temporada.
Temos aqui um pequeno vislumbre do que pode se tratar a próxima temporada, uma busca pelo grupo de feiticeiros conhecidos como Jedi (nesta época, apenas Luke Skywalker) que poderão cuidar do bebê.
O clímax é recompensador, Mando finalmente usa a jetpack típico dos Mandalorianos, aqui sob o grandioso nome de Fênix Ascendente. E munido deste novo equipamento, se torna páreo para a Tie Fighter pilotada por Gideon.
Ao final, Mando segue em sua viagem pelas estrelas, acompanhado do bebê, deixando amigos e se livrando do que marcou esta temporada: sua cabeça a prêmio. Um final interessante, pois na ânsia de esticar a série o máximo possível, os roteiristas facilmente poderiam manter seu status de fugitivo, na garantia de criar histórias fáceis. Mas não, vemos cuidado, esmero e carinho aqui.
A saga como fugitivo da Guilda de caçadores de recompensas acabou, e agora, sua batalha será contra o ex-imperiais, o que certamente renderá batalhas frenéticas, cheias de fan services bem colocados, aliás o que permeou por toda a temporada.
Lançada no mesmo ano do suposto apoteótico final da trilogia dos cinemas, a saga de Mando e Baby Yoda comoveu, cativou e entregou bem mais que o filme, mostrando de vez que Star Wars não precisa de roteiros complexos, reviravoltas mirabolantes e poderes desenfreados. Star Wars é sobre o universo maravilhoso, sobre personagens carismáticos, sobre as sutilezas da Força. A série é um conto épico, ao mesmo tempo humilde e pretensioso, que ao contrário do filme, termina com incontroversos aplausos, e com gostinho de “quero mais.”
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