Seu Amigão da Vizinhança Homem-Aranha || Resenha
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Aí vem o Homem-Aranha !
Sim, meus queridos, o cabeça de teia ganhou mais uma animação, com alguns toques de originalidade e muita vontade de se provar.
Divulgação Disney Plus.
Sinopse.
Na trama, Peter Parker é um garoto do Queens que, após presenciar uma luta entre um mago supremo e uma criatura alienígena, acaba sendo picado por uma aranha radioativa. Ao perceber que seus novos poderes podem transformá-lo em algo mais, ele é recrutado por Norman Osborn para se tornar o mais novo herói de Nova York, o Homem-aranha.
Novas roupas, mesmo cheiro.
A animação é basicamente um What If…, só que bem feito. Esse Peter Parker lembra muito o do universo 616, interpretado por Tom Holland, mas traz diferenças suficientes para se destacar como uma nova versão de outro universo.
Dessa vez, em vez de Tony Stark, ele tem Norman Osborn como mentor. No lugar de Ned, ele conta com Harry. E, ao contrário do que acontece nos filmes, ele não é jogado em batalhas gigantes envolvendo os Vingadores. Em vez disso, começa aprendendo seu papel como protetor de Nova York. Assim, o Homem-Aranha retorna a histórias mais fechadas, enfrentando gangues no bairro e vilões clássicos que representam desafios reais para um jovem ainda descobrindo seus poderes. Isso, na minha opinião, faz com que essa versão do herói pareça muito mais legítima do que a de Tom Holland.
Claro, o Peter de Tom Holland precisou lidar com tramas cósmicas, as Joias do Infinito e a queda dos Vingadores. Sua evolução aconteceu de outra forma, sempre dependendo de terceiros para se consolidar como herói.
Já aqui, mesmo com a ajuda de Norman e Harry, seu crescimento acontece de forma mais independente. Como não está envolvido em conflitos globais, os roteiristas conseguem desenvolver tramas mais intimistas. Ele não precisa resolver os problemas de Tony Stark na Alemanha ou enfrentar o Capitão América. Seu foco está em Nova York, enfrentando inimigos locais, o que permite que ele amadureça de maneira muito diferente do Peter que conhecemos no cinema.
Reprodução Marvel. Seu Amigão da Vizinhança Homem-Aranha // Disney Plus.
Desesperado.
Se os roteiristas estavam se divertindo ao criar um Homem-Aranha moderno com raízes no clássico, também demonstraram certa ansiedade em mostrar tudo o que esse universo pode oferecer. Afinal, a animação não se contenta em apresentar apenas um ou dois personagens conhecidos. A todo momento, ela insere easter eggs, participações especiais e referências, como se dissesse: “Olha quantos personagens existem aqui! Somos da Marvel!”
O último episódio, por exemplo, é um ótimo exemplo disso (sem spoilers). Nos minutos finais, a série dispara ganchos intermináveis para, no mínimo, mais duas temporadas. Além disso, pequenos detalhes deixam claro que várias tramas ou subtramas já estão planejadas. Em certos momentos, parece que os roteiristas imploram: “Por favor, deixa a gente contar essas histórias! Olha o tanto de coisa legal que planejamos!”
Apesar desse exagero, eles têm razão. Há muito potencial para ser explorado. Como se trata de um universo alternativo ao 616, mudanças no Peter Parker também afetam grandes eventos, como a Guerra do Infinito. Assim, surge a dúvida: que consequências isso pode trazer? Como o restante do mundo se adaptaria?
No geral, Seu Amigão da Vizinhança: Homem-Aranha é uma animação criativa. A princípio, o estilo cartunesco pode causar estranheza. No entanto, depois de um tempo, a gente só aceita e segue o baile. Mais importante do que isso, a série merece atenção por respeitar o personagem e dar a ele uma nova origem inspirada no Cabeça de Teia de Tom Holland.
O Homem-Aranha sempre se reinventou ao longo das décadas, e essa nova fase mostra que ele continuará sendo um personagem muito relevante para a Marvel e seus fãs.
Divulgação Disney Plus.
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Texto por: David Alves