Sifu, o Dark Souls de Kung Fu || Resenha
Aprimore seus movimentos cada vez mais!!!
Desenvolvido e publicado pela Sloclap para Playstation 4, Playstation 5 e PC no dia 08 de fevereiro de 2022, Sifu chega com uma mistura de kung fu e dark souls, mas será que essa proposta convence? Será que vale a pena? Vamos descobrir isso em mais uma resenha.
(Via: Global Esport News)
Começando pela história, aqui controlamos um jovem lutador de kung fu, podendo escolher entre um personagem do gênero feminino ou masculino, que tem como objetivo encontrar e matar os 5 assassinos responsáveis pela morte de sua família. O diferencial é que temos a capacidade de reviver a cada morte, porém envelhecendo alguns anos cada vez que isso acontece. O foco é quase que totalmente na gameplay, tendo poucos diálogos ou traços da narrativa, somente o necessário para o contexto.
Falando agora dela, a parte mais importante em Sifu, a gameplay. Na melhor definição temos aqui um beat n up 3D com um combate bem apurado, muitos golpes, opções de combos e algumas armas. E também não poderia faltar, formas de defesas como parry e esquiva. Tanto nós quanto os inimigos temos uma barra de vida e uma barra de estrutura, que funciona basicamente como a barra de postura de Sekiro. Ao quebrar a postura do inimigo podemos finalizá-lo. A mecânica central foi a que citei mais cedo. Ao morrermos retornamos a vida, porém um pouco mais velho. Temos um contador de mortes que indica quantos anos vamos envelhecer ao morrer. Conforme o personagem vai ficando mais velho, seu dano aumenta, mas seu HP diminuí. Se passarmos dos 75 e morrermos, é game over, tendo que reiniciar a fase e perdendo algum progresso.
(Via: TechTudo)
Vale ressaltar que o jogo é bem difícil, tendo sido chamado por muitos como souls de kung fu, não só devido a mecânica de envelhecimento, como também a dificuldade das fases e dos chefes. Inclusive, assim como em souls, temos alguns atalhos que desbloqueamos para facilitar nosso progresso nas fases. Os chefes também podem ser grandes barreiras. São desafiadores e certamente vão te derrotar algumas vezes, porém com paciência e muito treino, fui capaz de mais pra frente matar alguns deles sem perder vida alguma.
Além dos muitos combos, temos algumas habilidades desbloqueáveis, que podem ser temporárias ou permanentes, dependendo de quanto XP gastarmos. Também temos alguns upgrades passivos, que podem ser feitos em totems de dragão espalhados pelas fases, upgrades esses perdidos após morrer. A idade com que começamos cada fase é a menor com que terminamos a anterior. O jogo sempre salva o seu melhor desempenho. Então é sobre isso, repetir fases anteriores para tentar melhorar a idade e ficar melhor a cada iteração. O combate é realmente muito bom, e cada vez mais satisfatório conforme vamos ficando melhores.
(Via: Critical Hits)
Tecnicamente falando Sifu entrega muito bem a sua proposta. Com uma escolha artística simples, porém acertada, visto o tamanho do estúdio. Não tive bugs na minha jornada e o game rodou bem fluído, pelo menos na minha versão de PS5. Sifu brilha mesmo na precisão dos movimentos no combate, com lutas muito bem coreografadas e uma IA que vai te desafiar. A trilha sonora não é marcante, o que pode ter sido proposital, para dar mais destaque aos sons dos golpes. Vale dizer que o jogo está legendado em português.
Finalizando mais esta resenha, Sifu já chega como um dos destaques da cena indie de 2022, não se preocupando em possuir uma dificuldade elevada, forçando o jogador a treinar até que sua memória muscular faça o trabalho e a recompensa seja maior ao vencer cada desafio. Com algo em torno de 15 horas, me vi muito satisfeito e com vontade de jogar mais ainda, o desejo de melhorar cada vez mais é viciante. De fato não é um jogo para todo mundo, os jogadores que gostam de um bom desafio vão apreciar. Será você, o mestre do kung fu, capaz de vingar sua família?
(Via: YouTube/Uns Caras Que Jogam)