Summer Strike: você já pensou em mudar o rumo da sua vida? || Resenha
Olá, pessoal! Vamos falar de dorama hoje? Resolvi escrever sobre o Summer Strike, ou Não Quero Fazer Nada, título em português.
Summer Strike é um k-drama baseado no webtoon I Don’t Feel Like Doing Anything, possui 1 temporada com 12 episódios. É mais curto que a maioria dos doramas e é dirigido por Lee Yoon-Jung (Cheese In Trap) e tem Seol Hyun (Awaken) e Im Si-Wan (Run On) como os protagonistas.
Sinopse (AsianWiki):
Lee Yeo-Reum (Seol Hyun) leva um fora do namorado e, logo depois, sua mãe morre em um acidente. Ela passa por um dos piores momentos de sua vida. Lee Yeo-Reum então toma a decisão de viver uma vida completamente diferente de antes e não fazer nada. Ela larga o emprego e se muda para um pequeno vilarejo, onde tudo lhe é estranho. Lá, ela conhece os residentes, incluindo An Dae-Beom (Im Si-Wan), que trabalha como bibliotecário. Ele quase não fala com as pessoas, mas, quando o faz, fala gaguejando. De alguma forma, ele fica confortável e feliz por estar com Lee Yeo-Reum.
Como realmente é:
Summer Strike é um drama sensível e cheio de nuances importantes. Aliado a um tom melancólico e uma fotografia caprichada, a trama conversa com o expectador em vários momentos. A personagem de Seol Hyun é Lee Yeo-Reum, uma moça que vive uma fase complicada na vida e que abandona as dificuldades de Seul para morar numa cidade pequena, onde espera descobrir a si mesma e alcançar a paz interior.
Logo no início, somos surpreendidos pela dificuldade de Yeo-Reum de se posicionar no mundo em que vive. Ela está entorpecida pela rotina, convive com um chefe tóxico, leva um fora do namorado e perde a mãe, tudo numa sequência que não nos deixa respirar. É impossível não se conectar com a dor da personagem.
Após a série de acontecimentos ruins, Yeo-Reum junta o essencial e decide pegar um ônibus para uma cidade próxima ao mar, sem planos de retornar e sem saber o que vai fazer a partir dali. O plano é mesmo ficar sem fazer nada até descobrir que rumo tomar.
E é nessa cidade que ela conhece An Dae-Beom, um rapaz tímido, que tem dificuldade em falar com pessoas desconhecidas e que trabalha na biblioteca, lugar que Yeo-Reum começa a frequentar.
Os desafios continuam
Apesar de escolher viver uma vida mais simples, os desafios encontrados pela protagonista na nova fase não diminuem. Ao contrário, só aumentam. Ela é levada a morar num prédio com questões misteriosas, e passa a conviver mais com a comunidade e se envolve em seus problemas.
O que era pra ser um momento de paz na vida de Yeo-Reum se torna uma verdadeira aventura. E talvez seja todo esse caminho que ela passa a trilhar que a faça perceber o que realmente faltava em sua vida.
A minha opinião
Um dos maiores trunfos de Summer Strike, na minha opinião, é a personalidade dessa protagonista e o amadurecimento dela. Mas acho que o roteiro pesou a mão nas dificuldades impostas a ela. O relacionamento entre os dois se desenrola de uma forma muito natural e bonita, com os dois buscando sempre apoiar um ao outro e, o mais importante, respeitando os limites. E isso acaba pouco explorado devido ao rumo que os roteiristas resolvem dar para a trama.
O ponto negativo é, assim como em May I Help You, o excesso de sofrimento impostos aos personagens principais, além de alguns momentos de violência banalizados. Aqui, a Yeo-Reum é obrigada a viver coisas inimagináveis. Ela enfrenta sozinha a própria vida, carrega os problemas dos amigos nas costas e ainda é envolvida em um crime (um plot totalmente desnecessário, na minha opinião).
Vale a pena assistir?
Faltou espaço para o desenvolvimento do que realmente importava ali. Já que optaram por 12 episódios, poderiam ter feito outras escolhas para os personagens. O caminho que ela estava trilhando e o relacionamento com Dae-Beom deveria ser melhor explorado.
Seol Hyun está cativante no papel. Ela conduz a trama num ritmo apaixonante. E Im Si-Wan entregou um personagem gentil e apaixonado. Ele é o protagonista que toda dorameira ama (mais uma vez rsrsr). Talvez por isso, a gente termine de assistir querendo mais tempo de tela dos dois e menos tempo com intrigas de personagens secundários.
Conclusão…
Apesar das milhares de coisas envolvidas, Summer Strike é um drama que vale a pena assistir. Levanta questões importantes e traz momentos muito bonitos. O tema é relevante e nos faz pensar. E ainda, traz um casal que conquista o nosso coração, mesmo envolto em tantos conflitos e descobertas.
Summer Strike (Não Quero Fazer Nada) estreia no catálogo da Netflix Brasil no dia 20/02. Pretende assistir? Comenta com a gente.
Leia também a minha resenha sobre May I Help You.
Eu sou Ana Paula Ribeiro e escrevo sobre doramas para o Hospício Nerd. O meu Twitter é o @ninapaularr. Aparece lá!
Amei a análise, fiquei com vontade de assistir, já adicionei na minha lista!
Estou assistindo e recomendo fortemente. Não acabei ele ainda mas já quero 2° temporada. Nota 10!!
Gostei da crítica, reflete o que é a série, porém é necessário acrescentar que é um k-drama abaixo da média, apresentando situações forçadas ou desnecessárias. As cenas de embriaguez são um exemplo. Famílias tóxicas e relacionamentos idem, também. Nota 7,5. Recomendo, com ressalvas.