The Acolyte – Nada a Lugar Nenhum || Resenha COM SPOILER.

Olá Jedi decepcionados do hospício,

O Episódio 6 de The Acolyte achou que tinha história pra contar, mas um episódio de 40 minutos pode ser resumido em 10 com facilidade.

Eu fui muito bonzinho com os episódios anteriores, especialmente o episódio 4, que até agora foi o pior. Parece que “The Acolyte” começou sabendo que tipo de história queria contar, mas o enredo não passava de uma lauda. A história tem se mostrado tão rasa que, com muita facilidade, qualquer fã vai conseguir pegar os 8 episódios da série, editar e transformar em um filme de 1h40. E já podemos definir ela com a frase: “essa reunião podia ser um e-mail”.

Eu queria muito dizer o que acontece nesse episódio 6 de “The Acolyte”, mas, na verdade, nada de interessante acontece em 40 minutos que poderiam acontecer em 15. Um episódio de série de comédia tipo “Friends” ou “Big Bang Theory”, com 20 minutos, consegue construir uma história mais convincente. Mas nessa análise, eu vou extrair o máximo que esse episódio teve, mesmo ele não tendo nada que a gente já não saiba.

Mestra Vernestra em Star Wars The Acolyte

Mestra Vernestra em Star Wars The Acolyte.

Vernestra e os Jedi

Em Coruscant, Mestra Vernestra decide ir ao resgate em Koffar por entender que a equipe de Mestre Sol foi aniquilada por uma força desconhecida. E a parte mais divertida é: Mestre Vern tem um sabre de luz chicote, o que é maravilhoso se fosse usado em uma luta e não como firula. A personagem já apareceu em livros e quadrinhos da saga Alta República, só que mais jovem, na transição de Padawan para Cavaleira. Aqueles que conhecem e leram essas histórias têm um carinho muito grande por ela.

Eles chegam e ficam assustados com a morte de vários Cavaleiros e Mestres Jedi. Só tem um detalhe legal aqui: se essa cena fosse o início da série e não soubéssemos quem causou aquele massacre, o mistério em volta de Osha e de seu Mestre seria tão maior e mais impactante, pois saberíamos desde o começo a extensão do poder do Sith que causou aquilo, especialmente depois de encontrar um Mestre Jedi Wookie morto por um sabre de luz, que seria uma luta incrível de se ver, mas a luta de Qimir contra Kelnacca fica apenas na nossa imaginação.

A participação de Vernestra ali é quase irrelevante, já sabemos o que e como tudo aquilo aconteceu, e faltando dois episódios para acabar, eles inventam de colocar a suspeita daquela guerra nas costas do Mestre Sol. Todas as cenas da Mestre Vern caberiam em 5 minutos de episódio, e ainda assim não mudaria nada para o panorama geral de tudo.4

"</p

Osha e Qimir em Star Wars The Acolyte.

 Quimir e Osha na Lagoa Azul. 

Osha acorda em uma ilha misteriosa, parecendo Ahch-To, onde ficaria o primeiro templo Jedi e o local onde Luke Skywalker se refugiou no episódio 8.

Mesmo sabendo que a pessoa que matou uma equipe Jedi de pelo menos uma dúzia de pessoas está na frente dela e ele conseguiu se esconder na frente de um Mestre Jedi, ela ainda decide, sem motivo nenhum, acreditar nas palavras dele, mesmo nunca tendo mostrado que ela tem ódio ou ressentimento do que aconteceu em seu passado, desde o primeiro episódio ela tem se mostrado muito bem para o que aconteceu em seu planeta natal e que não guarda ressentimento, e mesmo assim ela está em um clima de romance com Qimir, parecendo aquelas histórias onde o casal se odeia mas só tem uma cama para eles dormirem então precisam dividir. É incrível como a Osha, que lá no episódio um parecia tão interessante, agora é o ponto mais fraco da série inteira. E claro, o episódio acaba em um gancho para o próximo episódio.

Mae e Sol

Sol descobre que a irmã que está na nave com ele, mas não por causa fa força, já parecia que todo mundo dentro daquela nave (Um animal farejador e um droide) descobriram que aquela mulher não era a Osha muito antes de um mestre Jedi que deveria sentir de longe os pensamentos e a força do lado sombrio impregnado na Mae.  Mestre Sol coloca ela contra a parede para falar diretamente o que aconteceu no passado em Brandok.

É isso, 40 minutos de episódio poderiam caber em 20, mas essa série não sabe contar a própria história.

O ritmo não muda

Desde o início, a série mantém o mesmo ritmo, e as coisas não mudam. E quando mudam, não demora cinco minutos para voltar ao normal. Parece que no ultimo episódio depois das lutas do Qimir com os Jedi a série pareceu pegar no tranco, mas tudo voltou para o começo agora. Eu falarei sobre isso na resenha completa da série, mas vamos pegar “X-Men 97” como exemplo.

Uma animação da Marvel que começou apresentando os personagens com calma e, no episódio 5, acontece uma tragédia que joga a história da série lá em cima. A gente fica episódio por episódio vendo as consequências daquilo, especialmente as consequências psicológicas dos personagens. Por se tratar de uma série live-action, “The Acolyte” não teria o mesmo desempenho e liberdade criativa de uma animação, mas poderia ter pelo menos um roteiro que guie tudo da melhor maneira e faça quem está assistindo se sentir recompensado a cada episódio ou pelo menos entretido, a sensação de que o tempo na frente da tela tá valendo a pena. O que não é o caso aqui. A série tá se tornando só frustrante e sem carisma. Com dois episódios para ela acabar, parece uma tarefa quase impossível “The Acolyte” terminar por cima.

Agora só nos resta esperar os dois últimos episódios e torcer para ela levantar a série e terminar melhor do que começou.

 

Não se esqueça de seguir o Hospício Nerd no Instagram 

Texto por: David Alves 

Fala visitante do Hospício! deixe seu recado aê!