The Alto Knights: Máfia e Poder – Vou ter que falar! || Resenha

Alto Knights

Relação de amor e ódio

Salve, salve, bando de loucos! Tô aqui mais uma vez trazendo pílulas em forma de resenha para amenizar a loucura por cinema de vocês. E hoje, vamos para uma pegada mais criminosa. Vou chamar esse transporte de “cinematotráfico”. Por quê? Porque é sobre máfia, crimes, tiro, porrada e bomba, tudo isso na obra dirigida por Barry Levinson. E essas pílulas estão adulteradas com a minha opinião, então não me responsabilizo por efeitos colaterais ou alergias letais. Usa quem quiser. Beleza? Então bora!

Sinopse:

“Vito Genovese e Frank Costello, uma dupla de ítalo-americanos que comandam duas famílias criminosas distintas em meados do século XX. Genovese tentou assassinar Costello em 1957, embora Costello tenha se aposentado da máfia.”

Eu sinto um misto de sensações com filmes sobre máfias, principalmente quando se trata da máfia italiana e suas influências. Na minha opinião, esses filmes engrandecem tanto o estilo de vida criminoso que dá vontade de se aventurar nesse jogo de poder. Vai me dizer que a galera que gosta desses filmes não teria vontade disso? Ainda mais vendo um bando de homens velhos ostentando dinheiro e grande influência por onde passam nas telonas. Eu considero que o cinema tem grande impacto no comportamento social; é uma grande ferramenta que serve para denunciar, relatar, criar e também ditar comportamentos. Sim, eu acredito nisso e sinto ódio por filmes de máfia nesse lugar de responsabilidade social. Para mim, essas histórias deveriam ser ignoradas e, caso precisassem citar eventos que envolvem a máfia, que não fosse de forma engrandecedora, como o cinema faz.

Por outro lado, eu sinto um amor imenso, porque tudo o que o cinema traz sobre a máfia pode não ter movimentos esplêndidos, fotografia absurdamente criativa ou um som muito elaborado. Basta ter enquadramentos milimetricamente montados, um link com o passado no quesito estética, uma atuação excelente de atores grandiosos e uma construção de diálogos insanos. Pronto, tudo para nos fazer ficar vidrados na trama.

Nessa obra em específico, achei uma coisa bastante legal: vi uma semelhança de construção com o livro de Machado de Assis Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), pelo fato de que o filme acontece sendo narrado pelo personagem Frank Costello, numa pegada meio híbrida de ficção e documentário.

O filme é primoroso, mas vou parar de elogiar por aqui. Vão lá assistir e me contem depois.



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