The Trip – Terapia de casal? || Resenha
E viveram felizes para…
Sim meus caros casais que se amam! Dessa vez temos uma sessão de terapia de casal para lá de diferente. Ao contrário de um terapeuta, temos três bandidos, e ao invés de conversar, o casal prefere tentar se matar. Já quero deixar claro que a resenha NÃO TEM SPOILER e trás apenas a MINHA opinião! Não estamos aqui para falar o que é bom e o que não é, somente trazer nosso ponto de vista. O que é bom para mim, pode não ser para você! Então, dito isso… BORA RESENHAR!
A trama.
Sinopse.
“Ansiosos para terminar seu matrimônio ao matarem um ao outro, um casal decide ir para uma remota cabana para terminar o que planejaram. Mas logo percebem que para sobreviver eles terão que se ajudar mais uma vez”
A história é focada no casal Lisa e Lars, vividos por Noomi Rapace e Aksel Henniie. O primeiro ato do filme serve para apresentar o casal, mostrar um pouco do que fazem e quem são. Ele, um diretor de novelas com o gosto bem duvidoso, ela, uma atriz fracassada que não consegue engrenar na carreira. E obviamente esses detalhes não são jogados em vão, já que servem para a construção da narrativa e da evolução dos dois ao longo do filme. Por alguns momentos você não consegue identificar qual é a do filme. Se é um drama, suspense ou uma comédia! O embate inicial entre o casal foi muito interessante de se ver. Já que o grande gancho foi construído de um modo tão simples que chegou a ser genial.
Que o casal tenta se matar não é spoiler já que vemos isso no trailer. Mas o andar da carruagem depois da primeira tentativa frustrada de ambos foi bem divertida de se ver. No novo enfrentamento, eles acabam sendo pegos por três bandidos! Um detalhe interessante do filme é que a todo momento em que algo é apresentado em cena, temos um flashback para mostrar como aquela situação convergiu para chegar até aquele ponto. E a apresentação dos três serviu como uma virada de chave na relação do casal.
Uma coisa que não gostei foi do uso da ameaça de abuso sexual, nesse caso a vitima inicial seria o Lars, mas esse é o tipo de coisa que quebrou completamente o bom andamento da história. Estava divertido até aquele momento, e voltou a ser pós aquela momento. Então foi algo que julguei ser totalmente desnecessário. E ainda teve uma sessão de humilhação que não levou a nada. Mas, tudo convergiu para uma final tanto quanto Tarantinesco, com muito sangue e “humor”.
No fim das contas.
Temos um filme interessante, com uma ótima fotografia, roteiro e direção. Confesso que a ausência de uma trilha sonora constante foi algo que me tirou um pouco da imersão. Os momentos de ameaça de estupro também me tirou da imersão. A coisa estava divertida, caminhando bem e do nada vem um momento de tensão e medo que em nada ajudou e que nada tinha nexo com o tom da história até ali.
O desfecho da história foi bem legal, e deixou uma mensagem oculta: Façam terapia! rsrs TRÊS FLAVITOS!
