Trek to Yomi, um indie artístico || Resenha

Trek to Yomi é uma grande homenagem aos clássicos de samurais.

Desenvolvido pela Flying Wild Hog e publicado pela Devolver no dia 05 de maio de 2022 para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S/X, incluído no gamepass em seu lançamento, Trek to Yomi chega como um dos destaques da cena indie para este ano, com um apelo forte em seu visual. Será que vale a pena?

História

Começando pela história. Em Trek to Yomi acompanhamos a jornada do samurai Hiroki que tem como objetivo alcançar sua vingança, derrotando os responsáveis pela destruição de sua vila. Sim, pode até parecer clichê, mas a intenção é justamente ser uma grande homenagem aos filmes de samurai das décadas de 50 e 60, tanto no enredo, quanto na estética. Além da história, aprendemos bastante sobre a cultura e mitologia local, através dos diversos coletáveis que encontramos pela jornada.

(Via: XPG)

Gameplay

Falando agora sobre a gameplay. Nos momentos de combate a perspectiva é sempre em 2D, e até parece ser bem simples quando olhamos, mas é mais complexo do que parece. Contamos com uma boa variedade de combos, três opções de ataque a longa distância, rolagem, defesa e a possibilidade de aparar ataques. É bem importante saber administrar situações onde estamos cercados em ambos os lados. Com o tempo vamos nos aprimorando e aprendendo a lidar com tipos diferentes de inimigos. Joguei na dificuldade padrão e estava achando bem fácil, mas da metade para frente temos um desafio satisfatório. Os combates são bem legais, tanto contra inimigos básicos, quanto contra os chefes.

Nos momentos fora de combate, podemos explorar melhor certas áreas do mapa, livres da câmera 2D. A exploração é importante para acharmos novas habilidades e itens que aumentam nossas munições máximas, vida e vigor. O vigor é algo a se administrar no combate, ficar apenas defendendo não é uma opção, já que os inimigos podem te cansar e te deixar vulnerável. Já a nossa vida, pode ser curada aplicando finalizações nos inimigos ou em checkpoints.

(Via: CGZ)

Parte Técnica

Falando sobre a parte técnica agora. O visual é o detalhe que mais me chamou a atenção desde os primeiros trailers de Trek to Yomi. Ao colocar as mãos no jogo, pude sentir que é bem mais bonito que eu esperava. A escolha do preto e branco não só nos lembra dos clássicos de samurai, como também nos remete ao cinema arte. Estamos falando de um estúdio indie claro, os modelos dos personagens nas cutscenes não são de última geração, mas na gameplay, a distância, temos cenas que parecem bem reais. Um pouco mais para frente na história teremos cenários sobrenaturais e igualmente belíssimos. A trilha sonora é excelente, com um estilo oriental que favorece muito a nossa imersão. Vale ressaltar que temos legendas em português do Brasil.

(Via: CGZ)

Conclusão

Trek to Yomi é mais um indie contemplativo e que certamente será lembrado como um dos melhores do ano. Se você é ligado na cultura oriental e jogou títulos como Ghost of Tsushima ou o mais recente Sifu, Trek to Yomi vai te agradar bastante. A jornada não é tão longa, levei algo em torno de 7h para finalizar no modo normal, mas os diversos finais e as dificuldades mais altas podem incentivar o fator replay. O preço está bem acessível nas plataformas PlayStation e PC. Se você é usuário do gamepass, tanto no Xbox quanto no PC, não deixe de jogar.

(Via: YouTube/Uns Caras Que Jogam)