Um Completo Desconhecido – Mataram Bob Dylan || Resenha COM SPOILER!

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Olá, hospiscianos!

É isso mesmo, “mataram o Bob!” Hoje é dia de resenha, e o filme de hoje me entristece em várias camadas.

Confesso que estou com dificuldade de escrever sobre essa obra porque, no geral, deixou a desejar. Por se tratar da MINHA OPINIÃO, vamos à crítica. O título já não é a melhor coisa do mundo: Completo Desconhecido é um filme documental, quase ficção, quase fantasia, quase enrolação. Ele narra a história do grande ícone Bob Dylan. Para quem conhece, dispensa apresentações, mas, para quem não conhece, Bob Dylan foi um artista revolucionário na música. O filme traz observações sobre a música folk brigando contra a country, abordando o tradicionalismo do folk, que valoriza apenas voz e violão acústico, e sua resistência à introdução de instrumentos elétricos e novas sonoridades.

Um Completo Desconhecido : Poster

Antes do sucesso

A trama mostra Bob Dylan ainda jovem, saindo de casa para encontrar um mentor musical, alguém que ele admira como artista. Esse encontro serve como pontapé para a narrativa. O mentor, debilitado por uma doença, reconhece em Bob um talento especial para compor e tocar. Esse momento até traz um brilho para o filme, criando uma expectativa de que algo grandioso virá. Mas, conforme o enredo se desenrola, a expectativa se dissolve, e o que poderia ser uma cinebiografia emocionante se transforma em um trabalho raso e desconectado.

O que me decepcionou profundamente foi a qualidade da produção. A montagem do filme não flui bem, parecendo um trabalho amador de estudantes de cinema. A sensação ao sair da sessão foi de que algo estava faltando. A trilha sonora, sem dúvida, é impecável – afinal, estamos falando de Bob Dylan – e os efeitos sonoros são bem aplicados. A caracterização dos personagens também merece elogios. Mas, mesmo com esses acertos, o filme não se sustenta. Faltou uma costura entre roteiro, direção e edição para dar coesão à história.

“Faltou tempero neste filme”

Existem filmes que fazem justiça à trajetória de grandes artistas, mas este definitivamente não é um deles. Mesmo filmes que tomam liberdades criativas, como Bohemian Rhapsody, sobre Freddie Mercury, conseguem cativar o público e despertar interesse pela história do artista. No caso de Completo Desconhecido, senti exatamente o oposto. O filme parece enterrar mais a persona de Bob Dylan do que celebrá-la. O reconhecimento e as premiações do cantor são mencionados apenas nos créditos finais, como se fossem detalhes irrelevantes.

Saí do cinema tão desanimado que precisei pesquisar mais sobre o filme, os atores e o próprio Dylan para tentar encontrar algum valor nessa produção. Se a intenção do longa era instigar as pessoas a conhecerem mais sobre o artista, começo a achar difícil que funcione. Não é qualquer pessoa que, depois de um filme confuso e arrastado, vai se sentir motivada a buscar mais informações. No meu caso, fiz isso por já conhecer e admirar outros movimentos musicais, mas, no geral, a experiência foi frustrante. Se você está se perguntando se vale a pena assistir no cinema, a resposta é simples: NÃO COMPENSA!

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