Uma mulher no escuro | Crime Brutal e envolvente || Resenha Literária

Confira a resenha de Uma Mulher no Escuro, thriller psicológico de Raphael Montes. Uma trama envolvente, cheia de mistério, tensão e reviravoltas surpreendentes!

Sinopse

Um crime brutal cometido há vinte anos. Uma única sobrevivente. O retorno calculado do assassino. Em quem Victoria pode confiar? Neste thriller psicológico, Raphael Montes combina romance e suspense em uma narrativa intrincada e envolvente.

Raphael Montes é um dos autores nacionais mais aclamados da atualidade. Com sucessos que conquistaram o público e foram adaptados para plataformas de streaming, como Bom Dia, Verônica e Uma Família Feliz, ele é conhecido por criar histórias intensas, cheias de vingança e personagens complexos.

O livro foi ganhador do Prêmio Jabuti de melhor romance de entretenimento de 2020.

Um detalhe interessante é que os universos de seus livros estão interligados de alguma forma, o que torna suas obras ainda mais instigantes para os leitores fiéis. Sua escrita fluida e intrigante faz com que você devore seus livros em poucos dias. No entanto, um aviso: se você se impressiona facilmente ou se envolve emocionalmente com as histórias, talvez Uma Mulher no Escuro não seja a melhor escolha para você.

Fonte: Companhia das Letras

Resenha

Neste livro, acompanhamos Victoria Bravo já na fase adulta, lidando com os traumas de um crime brutal ocorrido em sua infância. A narrativa já começa com o assassinato citado na sinopse, sem dar tempo para o leitor se preparar ou criar apego aos personagens.

Então, ao longo da trama, novos personagens são apresentados, sempre trazendo reviravoltas — e nunca de forma positiva. Se você espera uma história de superação ou uma abordagem otimista sobre a natureza humana, é melhor ajustar suas expectativas. Montes explora a maldade intrínseca das pessoas e toca em temas sensíveis como alcoolismo, vícios e abuso sexual, frequentemente expondo os motivos que levam alguém a seguir determinados caminhos.

Um dos pontos mais interessantes do livro é que a trama não se limita ao crime do passado. A todo momento, novas situações surgem, mantendo o leitor ansioso para descobrir quem está atormentando Victoria. O foco não é a identidade do assassino, mas sim o jogo psicológico e os perigos ao seu redor. Essa abordagem é um grande diferencial, já que o tradicional formato whodunnit (quem foi o culpado?) pode ser previsível e repetitivo.

Assim, Victoria sofre do início ao fim, mas ao longo da jornada, desenvolve uma maturidade e uma força que nem ela sabia que possuía. Isso torna a leitura ainda mais envolvente, pois crescemos junto com a protagonista e descobrimos as verdades ao mesmo tempo que ela.

Quanto ao desfecho, qualquer comentário adicional poderia revelar spoilers — e você definitivamente precisa mergulhar nessa história sem saber o que esperar (ha ha!). Mas, de modo geral, o final traz elementos que lembram Bom Dia, Verônica. Não chega a decepcionar, mas também não surpreende tanto quanto poderia.

Você sabia?

O autor do livro, também escreveu a novela “Beleza Fatal”, da Max e criador da série original Netflix “Bom dia, Verônica”.

Por isso, se você gosta de thrillers psicológicos bem construídos, cheios de tensão e personagens marcantes, Uma Mulher no Escuro é uma leitura imperdível.