Yonder – Um k-drama à la Black Mirror || Resenha
Olá, dorameiras e dorameiros!
Quem aí curte romance, lágrimas e ficção científica? O drama que eu trouxe hoje tem tudo isso no pacote!
Yonder é um minidrama sul-coreano produzido pela TVING e com direitos de distribuição pela plataforma Paramount+, mas ainda sem data de estreia no catálogo brasileiro do streaming. A produção é uma adaptação do romance “Goodbye, Yonder” de Kim Jang-Hwan e possui 6 episódios, com duração média de 30 minutos cada.
E esse é um k-drama que já ganha pontos só pela equipe de peso envolvida na obra, começando pelo renomado diretor Lee Joon-ik, que dirigiu o clássico “The King and the Clown”. Já o elenco de milhões traz nomes como Shin Ha-Kyun (Além do Mal, Fix You), Han Ji-Min (Our Blues, Uma Noite de Primavera), Lee Jung-Eun (Parasita, Mr. Sunshine) e Jung Jin-Young (The King and the Clown, For Eternal Hearts).
Sinopse
Situado no ano de 2032, Yonder traz a história de Kim Jae-Hyun (Shin Ha-Kyun) um repórter da Science M. Quando sua esposa Cha Yi-Hoo (Han Ji-Min) morre, ele começa a sentir um grande vazio em sua vida.
Um dia, Kim Jae-Hyun recebe uma mensagem de Cha Yi-Hoo pedindo para ele visitar um lugar chamado “Yonder”, um espaço misterioso que existe entre a vida e a morte (texto adaptado do AsianWiki).
É possível tornar uma consciência imortal?
Yonder é um drama que traz uma premissa bem instigante ao abordar dois temas polêmicos: a eutánasia e a vida após a morte. No ano de 2032, o casal principal vive um momento bem delicado, em que a esposa, Cha Yi-Hoo, está em fase terminal de um câncer e o marido, Kim Jae-Hyun, precisa se manter forte para apoiá-la em uma importante decisão.
Ela opta por realizar a eutánasia para não precisar sentir mais dor em vida. Porém, o drama se passa no futuro, uma época em que essa escolha acontece de forma bem diferente da atualidade, já que a tecnologia está mais avançada.
No entanto, no dia de realizar o procedimento, surge uma mulher misteriosa levando um contrato para Cha Yi-Hoo assinar sem que Kim Jae-Hyun saiba do que se trata.
Logo após, a esposa realiza todo o processo e o marido precisa, agora, aprender a viver sem ela. O problema é que essa tarefa se torna bem mais difícil do que ele imaginava.
Um belo dia, enquanto ainda está deprimido, Jae-Hyun recebe um e-mail estranho com o remetente de sua mulher morta. Na mensagem, ela reaparece afirmando que sua consciência ainda está viva em um espaço de realidade virtual chamado “Yonder” e que ele pode ir até lá para viver junto com ela para sempre. Porém, será que realmente a tecnologia tem o poder de transformar memórias em uma espécie de imortalidade?
Romance, lágrimas e muita reflexão
Bom, um drama que traz como assunto principal a morte e um casal que vive seus últimos dias juntos não poderia deixar de ter um enredo bem emocionante. Então, é claro que ele vem acompanhado de cenas tristes que precisam ser vistas com lencinhos ao lado. Porém, mais do que isso, Yonder entrega temas muito interessantes que nos fazem refletir sobre o quanto as memórias são preciosas exatamente por serem momentos únicos que nunca irão se repetir.
Além disso, a trama também lida com aquela curiosidade humana sobre como seria viver para sempre. Afinal, será que um mundo onde ninguém morre poderia trazer algo realmente único e especial em nossas vidas? Como viveríamos sem aquela necessidade de criar memórias inesquecíveis com quem amamos, já que não precisaríamos nos preocupar com um fim?
Minha opinião geral
Sim, Yonder é um drama com muitos pontos positivos. Ele sabe ser emocionante com um texto maravilhoso em cada cena. Sabe lidar com a ficção científica e fazer críticas bem interessantes sobre a relação do ser humano com a tecnologia. Por isso, em quase todos os episódios eu soltei aquela famosa frase “Isso é muito Black Mirror!”.
E, claro, tudo se torna ainda melhor ao ver um elenco tão incrível na tela com atuações de dar gosto. A trilha sonora e a fotografia criam uma ambientação sensacional para fechar com chave de ouro.
Porém, não dá para fechar os olhos para alguns pontos negativos. Acredito que fazer esse dorama no formato minidrama não tenha sido uma boa escolha. Algumas coisas acabam correndo demais e ficando sem desenvolvimento. A história apresenta personagens interessantes que acabam sendo “esquecidos no churrasco”. E o final poderia ter sido excelente, se não tivesse entregado um momento meio anticlimático em minha opinião.
Conclusão: Yonder tem uma proposta maravilhosa com diversos pontos positivos que merecem atenção, mas peca em seu desenvolvimento, principalmente nos últimos episódios.
Então, você já teve oportunidade de assistir? Se sim, me conta o que achou nos comentários!
Aproveite para seguir o Hospício Nerd nas redes sociais e conferir os próximos conteúdos. E se tiver gostado do que eu falei por aqui, fique por dentro das minhas opiniões sobre doramas no @doramasdapam! 😄
Shin Ha-Kyun é um de meus atores favoritos. Gosto muito do restante do elenco também. Vi o primeiro episódio e de fato é muito rápido, um pouco fora do comum para k-dramas. Mas acredito que (fora motivos técnicos e financeiros), optaram por esse formato para a história não ficar maçante, uma vez que o texto é um tanto carregado.
Ainda vou conferir o restante, mas já dá para perceber a grande produção, de fato, apenas pela a abertura. Estou curiosa com a mensagem final que a obra irá passar…
Grata pela resenha!