Batalha das Solteiras: uma sátira ao patriarcado || Resenha

Vamos conversar um pouco sobre “Batalha das Solteiras” hoje?

“Batalha das Solteiras” ou “Ready, Set, Love” é uma série tailandesa original Netflix e possui 6 episódios. Dirigido por Yanyong Kuruangkura e May Apizsara Praisin e roteirizado por Rangsima Aukkarawiwat e Tee Phuwanit Pholdee, o drama é uma junção de tantas coisas que eu não sei nem explicar. Mas com certeza se “Round 6” e “Casamento às Cegas” tivessem um filho, com certeza ele seria a “Batalha das Solteiras”. 

Sinopse (Netflix)

Em um universo em que a população masculina está cada vez mais escassa, uma jovem comum participa de uma competição de namoro patrocinada pelo governo.

Fonte: MDL

Uma boa crítica ao patriarcado

A principio, “Batalha das Solteiras” começa como uma boa comédia, servindo muitas risadas e entretenimento. A primeira coisa que me pegou foi o fato da série se passar em um universo distópico onde a população masculina foi basicamente dizimada por um vírus. Os homens são considerados um artigo de luxo e o governo cuida da população masculina como se fossem patrimônio natural da sociedade. 

Quando eu disse que a obra era uma mistura de várias coisas, eu não estava exagerando. São referências particulares minhas que eu acabei associando na hora que estava assistindo. Por exemplo, o reality show de sobrevivência manipulado por uma pequena parcela da sociedade, ou a referência da pobre e indefesa moça que consegue uma chance de mudar de vida. São tantas sacadas e piadas inteligentes que o roteiro trabalha, que o ato de assistir se torna divertido. Afinal, eu só ficava esperando a próxima crítica social incutida como uma piada dentro da obra.

Nesse sentido, falando em crítica social, o tanto que esse drama faz referência a situações que poderiam ser facilmente para a nossa realidade é surreal. O momento em que os homens pedem uma chance de igualdade de gênero, ou que eles se sentem um produto para a sociedade. Eu automaticamente me perguntava quando foi que eu tinha dado play em “Barbie”, com todas essas críticas ao patriarcado de forma irônica. 

Fonte: MDL

“Batalha das Solteiras” poderia ter tido mais episódios

Porém, eu tenho alguns pontos negativos também. Por ser uma série de apenas 6 episódios, a trama não foi trabalhada da forma como eu gostaria. São muitos personagens e todos eles são complexos demais, outros possuem história de fundo muito profundas, que infelizmente não foram desenvolvidas. E isso acaba deixando lacunas e perguntas para o telespectador, que não serão respondidas.

Em seguida, outro assunto que eu queria ressaltar em “Batalha das Solteiras”, é com relação ao casal principal. Por mais que eu tenha curtido eles, eu senti falta de algo, algo que a Chanel e o Max entregaram de sobra em pouquíssimo tempo de tela, que era a química. O plot de “se conhecerem na infância” não cola muito comigo, a não ser que seja meu “20th Century Boy and Girl” que possui a Han Ye-seul no elenco. Do contrário, tem que ser muito tocante e bem trabalhado. 

Fonte: MDL

Mas vale mesmo o tempo?

Por fim, “Batalha das Solteiras” foi algo curto e divertido. É tudo muito cômico e facilmente envolvente, eu só gostaria que tivessem trabalhado melhor algumas histórias paralelas. Aí ele teria sido muito mais completo. Se você não se importa com algumas lacunas em aberto, o drama é uma boa pedida. 

Fonte: MDL

A série está disponível na Netflix, legendada e dublada em português.

Já assistiu ao drama, ou ficou tentado a começar? Comenta aqui.

Confira também a minha resenha de “My Demon”!

Isso é tudo por hoje, eu me chamo Arieta Valherri e se você quiser saber o que estou assistindo no momento me siga no meu perfil do Twitter @arietavalherri.

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