Jogos Mortais X – E John continua jogando jogos || Resenha

E la vamos nós…

Que Jogos Mortais é uma franquia gigante no mundo cinematográfico não é novidade para ninguém, basta observar tudo o que temos em produtos como parques temáticos e até brinquedos. Porém há um grande contraste no decorrer de toda essa produção, onde vemos uma grande decadência ao longo dos anos. Talvez por isso Jogos Mortais X se passe, cronologicamente, entre os dois primeiros episódios dessa decalogia, que se mostram ser os favoritos dos fãs.

Mas antes de continuarmos a falar sobre esse filme devo lembrá-los que esta resenha NÃO CONTÉM SPOILERS e representa APENAS MINHA OPINIÃO sobre o mesmo. Então, depois desse disclaimer, vamos lá!

Contextualizando

Em uma tentativa de equilíbrio para agradar antigos e novos espectadores, o longa conta com um John Kramer um pouco diferente, que mostra a cara e demonstra certo sentimento. Ao descobrir que possui um cancêr em estágio avançado e que possui apenas mais alguns meses de vida, John resolve frequentar um grupo de auto ajuda onde conhece uma pessoa que futuramente revela um tratamento milagroso que conseguiu curar totalmente sua doença e indica o mesmo para nosso protagonista. Até então, o filme parece um filme sobre superação, levando os mais desavisados a pensar até mesmo que estão diante de um drama com final feliz.

Mas… Como nem tudo são flores, após passar por todo o procedimento que compõem o tratamento, Kramer descobre que foi ludibriado e que todo aparato montado para sua recupeção não passaram de uma fachada para um golpe milhonário. E isso faz despertar seu conhecido alter-ego Jigsaw.

Neste momento, voltamos ao velho e clássico filme dos Jogos Mortais, com o característico momento em que os golpistas são confrontados por John Kramer, onde são expostos os motivos pelos quais estão ali e que têm uma chance de sair se fizerem o certo e se redimirem dos seus feitos. Em resumo: mais do mesmo!

Por outro lado, temos algumas pequenas diferenças, como, sesta vez, o assassino sai das sombras e assume o protagonismo durante toda a produção. Há um estudo do personagem sobre como o próprio raciocinou e transcendeu suas próprias armadilhas antigas. Além disso temos um fator agregando um componente emocional quase inédito em dez filmes, o qual adquire novas dimensões que vão além do caráter extremamente filosófico que envolve a indiferença de Kramer para vida, ja que ele se encontra a beira da morte.

Essa abordagem apenas reforça o imenso talento de Tobin Bell, que depois de tantos filmes ainda mostrou um novo lado de John Kramer sem trair sua interpretação do personagem até agora. Isso é um grande bônus, pois ele se torna o rosto da franquia, competindo até com outros elementos de grande destaque. O problema é que o roteiro raramente se aprofunda em algo verdadeiramente novo e, portanto, nunca atinge todo o seu potencial centrado em Kramer.

Mas paramos por aqui, não temos nada verdadeiramente bons ou surpreendentes no filme, o que nos leva para um final sem surpresas e bem previsível, se me permitem dizer, afinal temos também um roteiro bem fraco!

Conclusão

Apesar desse sobe-desce de informações e diálogos um pouco longos demais, este não é um filme ruim de se ver.  Pode-se dizer que é algo que pode agradar àqueles que querem os jogos sangrentos e luta pela própria vida, como também pode causar um certo desapontamento naqueles que esperam algo mais substancial na história.

Portanto, preparem-se para jogar mais um jogo e assistam Jogos Mortais X nos cinemas, que já está rodando nos principais cinemas do Brasil. Depois venham nos dizer o que acharam!

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