Novo drama de Frank Berry traz Letitia Wright e Josh O’Connor para o mesmo screen

Opa!

O diretor e roteirista irlandês Frank Berry, que chegou arrombando a ‘porta de frente’ da indústria cinematográfica, através de seus dramas Michael Inside e Ballymun Lullaby,  nos apresenta seu novo projeto que, por sinal, é bastante ambicioso. 

Você leitor, por algum momento, já imaginou algum ator de The Crown contracenando com alguma atriz de Pantera Negra? Bem, se sua resposta foi negativa, acho que você não é o único. É uma notícia um tanto inesperada, mas sim, Josh O’Connor (que interpretou o Príncipe Charles na série dramática de sucesso da Netflix) e Letitia Wright (que interpreta Shuri no MCU) — estrelas em ascensão — estão se unindo em um novo projeto que promete notoriedade.

Há algumas horas, a revista norte-americana The Hollywood Reporter informou (com exclusividade) que Letitia Wright, premiada no BAFTA e que arrancou aplausos por sua performance em Black Panther, e Josh O’Connor, o ‘princípe encantado’ que instigou a fúria de muitos telespectadores por sua atuação vívida em The Crown e que, de forma merecidíssima, foi premiado pela última edição do Globo de Ouro, vão estrelar o próximo filme independente irlandês do diretor Frank Berry, que recebe o nome de “Provision” (Provisão, em português) .

Letitia Wright, Josh O'Connor

Dave Benett, Getty Images for Harper’s Bazaar / Jeff Kravitz, Getty / Letitia Wright, Josh O’Connor

Provision acompanha a história de Ishtar Deresse (Wright), uma jovem africana que foge da perseguição de criminosos em seu país natal — a Nigéria — decorrente das más escolhas de seu irmão, já falecido, que acabou por deixar um ‘rombo’ de dívidas de drogas. Que herança maravilhosa! 

Em toda a confusão em que a vida da protagonista se tornara, Ishtar passa mais de dois anos no sistema de asilo irlandês e, durante esse tempo, é transferida para inúmeros centros remotos nigerianos e europeus, os quais são sempre sobrecarregados. 

Nesta vida de pura insegurança, Deresse sofre constantes ameaças de deportação. Em um dos centros de deportação pelo qual ela passa, — que é como se fosse uma espécie de carcerária —  a personagem acaba sendo abordada por um novo segurança, Conor Healy (Josh) que, sentindo-se culpado por seu envolvimento no exílio da protagonista, oferece a ela o uso livre da cozinha do centro de passagem. No pensamento dele, era como se fosse uma ação aliviadora, como uma caridade. No sentido, “Sim, ela está passando por um  processo de deportação. Ela não tem família, não tem amigos, não tem trabalho, mas pelo menos uma comida descente ela terá aqui“. 

Após um tempo, Healy nos surpreende, ele começa a amolecer seu coração, emite sentimentos empáticos pelos residentes e, em particular, pelo passado traumático de Ishtar. Ele se intrega completa e intensamente á amizade, no entanto, quanto mais íntimos e amigáveis ambos se tornam, mais percebem que tal conexão relacional é destinada ao fracasso. Ambos vivem sob a sombra de um sistema antipático e infame, onde pessoas se tornam números e, assim, são descartados como se fossem ‘lixos’ que o governo necessita tirar de ‘seu terreno’.

O drama promete emoções, desafios relacionais, um apelo social e político e duas estrelas mais do que talentosas, que com certeza darão conta do recado.

Ainda segundo a The Hollywood Reporter, o início das gravações está marcado para o próximo mês e acontecerá, obviamente, na Irlanda. Eu não sei vocês, mas nós estamos de dedos cruzados para que a Netflix compre os direitos e nos traga essa parceria mais do que fenomenal, ou melhor: que esse vírus saia do ‘nosso pé’ e que a gente possa assistir esses dois astros nas telonas do cinema com um balde enorme de pipoca ao lado.

Por Jessica Blaine

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