O Dublê – Filmão, filmão, filmão!! || Resenha

Passaram-se horas e ainda estou perplexo sobre o que escrever.

Se você gostou de “Era uma Vez em Hollywood” e “Duna II”, então vai adorar este filme.

O final é muito bem-feito. Entre as várias questões abordadas pelo filme, uma delas que me chamou a atenção foi: “Por que não há um Oscar para o melhor dublê?”. Confesso que fiquei pensativo com essa questão. O filme se destaca por vários aspectos, tanto na iluminação quanto no figurino.

Eu fiquei admirado porque parecia que estava assistindo a uma obra dirigida por Quentin Tarantino. Por exemplo, o filme que ele dirigiu, “Era uma Vez em Hollywood”, é uma produção muito bem-feita, muito bem construída. “O Dublê” começou de forma simples, sem grandes pretensões, com um diretor e um ator principal que também fazia o papel de dublê. Ele convidou o público a apreciar um trabalho coletivo e, quando se faz um filme assim, mostrando o outro lado do cinema, é muito difícil identificar um erro de gravação. Foi uma equipe muito forte, com muitos equipamentos e bastante trabalho envolvido.

O Dublê || Hospício Nerd
Copyright Universal Studios. All Rights Reserved.

O filme teve cenas com muito fundo azul, usando chroma key, mas também teve muitas cenas de ação. E qual é o valor que se dá quando se coloca um personagem em situação de risco? Ficamos admirados ao ver um ator favorito em uma boa produção. Mas, em certas cenas, o ator principal não pode se submeter ao risco e acaba sendo substituído por alguém por questões de segurança. Ter um dublê fazendo algo muito perigoso requer grande responsabilidade para o filme.

Temos grande consideração por atores famosos, mas quando se trata de dublês, quase ninguém percebe essa pessoa que fica nos bastidores. Raramente se ouve alguém dizer: “Quem foi o dublê naquela cena do salto?”. Hoje em dia, temos muita tecnologia e recursos para reduzir o desgaste físico, mas o trabalho do dublê resgata nossa atenção para algo sutil que passa despercebido.

O Dublê || Hospício Nerd
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É tocante quando o ator fala que todas as cenas machucam, e aquele “joinha” do “estou bem” tem um significado importante no set após uma execução arriscada. Mesmo assim, dói, especialmente quando o dublê cai de um carro, capota, pula de uma altura, ou até mesmo quando colocam fogo nele. Eles merecem respeito e reconhecimento.

A direção e a equipe de figurino fizeram um trabalho excepcional, e o enredo foi muito bem trabalhado. O romance no set também foi explorado de maneira sutil, sem exageros. A qualidade visual foi próxima da de “Duna II”, incrível tanto no áudio quanto na maquiagem, no figurino e nos efeitos. Foi uma mistura de elementos que me fez lembrar “Era uma Vez em Hollywood”.

Esse filme é absurdamente poético, com muita loucura e insanidade, mas tudo dentro do que é possível fazer no cinema. Ele deve concorrer ao Oscar. Infelizmente, ainda não há uma categoria para melhor dublê, mas é algo que deveria existir.

O Dublê:|| Hospício Nerd
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Para o Oscar 2025, temos “Duna II”, mas também temos “O Dublê”, e estamos apenas em abril! Quem sabe o que mais está por vir? Em julho, teremos “Deadpool e Wolverine”, aumentando a expectativa. Enfim, este filme merece ser assistido mais de uma vez, pois há muito o que aprender e observar.

Após assistir ao filme, passei a valorizar mais as cenas que contêm ação e risco, percebendo a importância do trabalho dos dublês. A avaliação para este filme é 10. Adorei, muito bom. Vale a pena assistir!



 

Resenha @henriquepheniato

 

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