Peter Pan & Wendy – Tenha pensamentos felizes || Resenha

SEM SPOILER.

Meninos perdidos, e piratas de todo o mundo, vamos voltar para a Terra do nunca!

Peter Pan retorna para mais uma versão, dessa vez indo direto para o Streaming Disney+, trazendo algumas mudanças que dão mais sabor para a história que já foi contada e recontada enumeras vezes.

Na trama, Wendy e seus irmãos conhecem Peter Pan e Tinker Bell (estou indignado que não chamam ela de Sininho na dublagem brasileira) que os levam para a Terra do nunca, um lugar onde crianças não envelhecem, mas, o lugar é assombrado pelo Capitão Gancho e sua tripulação de piratas que querem matar Peter Pan e seus novos amigos.

Essa história foi contada e recontada várias e várias vezes, em desenhos, em séries de tv, em live actions que não pertenciam a Disney, e por aí vai, provavelmente a versão mais famosa depois do desenho de 1953, é Hook, onde Robin Willians interpreta o Peter Pan que envelheceu quando decidiu viver fora da querida Terra do nunca.

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Disney+

Esta versão traz alguns conceitos novos, que podem parecer pequenos, mas quando estão juntos fazem uma diferença razoável dependendo dos olhos de quem assiste. Como os meninos perdidos serem não apenas meninos, mas meninas também, além de possuírem peculiaridades ali no meio que mostram como as crianças da ilha são diferentes uma da outra. Outra diferença está na conexão entre Peter e Gancho, a história dos dois se expande, não para algo grandioso, mas se no passado eles tinham uma linha de história, aqui eles têm pelo menos uma página inteira, é um avanço.

A mudança maior está em colocar a Wendy como maior foco, obviamente dessa vez a moça está no título da obra, mostrando como ela evoluiu de uma moça indefesa da animação, para a protagonista que leva a história para frente, sendo mais ativa na trama e realmente dividindo o protagonismo com o Peter. O filme muda alguns detalhes que as outras versões da história esqueceram, como realmente trazer uma importância para as tribos indígenas da Princesa tigrinha e uma atriz que realmente se alie com o papel.

A diferença que mais chama a atenção está na Sininho, o fato de uma atriz negra interpretar uma fada não atrapalhou em nada a personagem que dessa vez tem mais importância para a trama, na verdade, não seria nem importância, mas sim recheio, ela deixou de ser uma personagem ciumenta e chata com a Wendy, para realmente ser um apoio para todos os personagens quando é preciso, poderia ser mais aproveitada, mas é um pequeno avanço.

Essas pequenas mudanças mostram como os roteiristas queriam trazer algo além da nostalgia para a trama, pelo menos de início, já que mudar a história era complicado, foi mais fácil dar mais camadas para os personagens. De novo, essas mudanças colocam esse filme no lado das adaptações boas da Disney, nos últimos anos ela faz muito live actions bem ruins e questionáveis, Peter Pan e Wendy fez o mínimo, as mudanças mínimas e um desenvolvimento coerente para ser realmente uma adaptação interessante, e não seja intragável como outras que a Disney fez no passado.

Já vimos essa história ser contada antes, é o mais do mesmo, mas é o mais do mesmo que funciona.

 

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