Ainda é Resident Evil?

Resident Evil é uma das maiores franquias da história do mundo dos games e neste ano de 2021 comemora seus 25 anos de existência. No dia 07 de maio tivemos o lançamento de Resident Evil Village, oitavo jogo da franquia principal, desenvolvido e publicado pela CAPCOM para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X e para PC (via Steam). Será que Resident Evil não é mais o mesmo? Será que vale a pena? Venha conferir isso e muito mais em mais uma resenha sem spoilers.

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(Via: MeuPS.com.br)

Começando pela história. Village é situado poucos anos após os acontecimentos do sétimo game e mais uma vez estamos na pele do nosso protagonista Ethan Winters. Vale dizer que se você não jogou o anterior pode ficar tranquilo, antes mesmo de começar você pode assistir um pequeno vídeo resumo do sete. Ethan e sua esposa Mia viviam tranquilamente até a chegada de Chris Redfield, personagem já conhecido da série. A filha de Ethan é raptada e agora devemos salvá-la em um vilarejo misterioso e cheio criaturas.

(Via: psverso.com.br)

Agora falando da jogabilidade. Village mantém a visão em primeira pessoa assim como seu antecessor. Temos uma variedade de armas de fogo, arremessáveis e uma faca, podemos equipar até quatro delas para troca rápida no meio da ação. Ainda sobre o combate, temos a possibilidade de nos defendermos, o que pode ser bastante efetivo, e somente uma opção de item de cura, ao invés dos vários tipos de ervas ou spray que já estamos acostumados na série. Os inimigos e chefes são bem variados, mas não irei falar muito sobre, para evitar spoilers. Vou dar um destaque para os licanos, um tipo de lobisomem, que são bem ágeis e podem te dar algum trabalho. A balança entre terror e ação está bem equilibrada. Assim como temos momentos de ação frenética, também temos momentos completamente indefesos e em situações quase que claustrofóbicas.

Temos um inventário no mesmo padrão de Resident Evil 4, dividido em blocos, cada item ocupa um certo espaço e pode ser organizado em posições diversas. Também temos o retorno de um mercador, novamente parecido com o que tínhamos em Resident Evil 4. O vendedor Duque, pode nos vender armas, consumíveis, munições, upgrades de armas e até comprar os diversos tesouros que achamos escondidos pela nossa jornada. Dinheiro pode ser encontrado pelo mapa ou dropado de inimigos. Além de tudo isso, pode cozinhar alguns pratos que servem para dar melhorias de HP, defesa ou velocidade, isso em troca de alguns tipos de carne que pegamos pelo caminho matando alguns animais. Vale dizer que diferentemente do vendedor do quarto game, Duque é muito mais ativo, tendo um papel importante na história.

(Via: gamingbolt.com)

Falando agora sobre a parte técnica. Antes de mais nada devo dizer que joguei em um PlayStation 5. Em questões de gráficos e desempenho a experiência foi bastante satisfatória. No PS5 se jogado com o ray tracing ligado, que foi o meu caso, o jogo roda a 45fps. Caso desligue essa opção ele rodará a 60fps. Para ambas, ele vai te entregar uma resolução em 4K. A vila novamente nos remete a Resident Evil 4. Toda essa ambientação entre vila e castelo, em um cenário frio e gótico, foi uma excelente escolha para um jogo de terror. Em certo momento temos quase que um mapa aberto, onde podemos ir e vir, acessando até lugares opcionais. Sobre a parte sonora, como sempre gosto de ressaltar, é essencial em jogos de terror. E em Village temos uma boa experiência nesse quesito. Se jogado de fone é melhor ainda, e mais amedrontador, podendo ouvir até barulhos pela casa. Ponto positivo para CAPCOM para a dublagem e localização. Este é o primeiro game da série 100% dublado em nosso idioma. Para donos de PS5, devo ressaltar que o jogo usa bem o DualSense, com o feedback háptico dos gatilhos.

Completei a história principal na dificuldade normal em algo em torno de 10h, o que não foge do padrão da série. Como pós-game temos as já costumeiras dificuldades superiores para os próximos zeramentos, contando inclusive com itens extras ou munição infinita, que podem ser comprados em uma loja do menu externo, com pontos conquistados em desafios. O melhor do pós-game é o já conhecido modo Mercenários, presente em alguns jogos anteriores da série. Neste modo enfrentamos hordas de inimigos em diversas áreas, com um limite de tempo.

Finalizando mais uma resenha. Village é um legítimo Resident Evil, resgata algumas das melhores coisas que já tivemos na franquia e sua história não deixa de ser conectada dos demais. Resident Evil 7 já tinha sido um acerto e uma reinvenção da série. Village continua tudo isso e na minha opinião ainda supera seu antecessor. Fãs antigos e novos não irão se decepcionar, ao mesmo tempo que novos jogadores podem adentrar a franquia neste ponto sem medo de se sentirem deslocados pela história. Não somente como um jogo de terror, mas como um todo, Village entrega uma excelente experiência com potencial de ser um dos melhores games deste ano.

 

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