{Rsenha} The Last Kingston Temporada 4 – Fucking destiny is all!

Ou não…

ATENÇÃO – SPOILLERS ABAIXO

A quarta temporada de The Last Kingdom, voltou com força à Netflix. Uthred e cia. Continuam em suas peripécias para unificar a Inglaterra e retomar Bebbanburg.

Desta vez, a retomada da cidade do protagonista, que vinha sendo seu sonho desde o início da série, foi um plot abordado já de início. Uhtred (Alexander Dreymon) e seus aliados tiveram a chance que vinha lhe sendo negada à décadas por Alfred (David Dawson) mas os longos anos de espera não foram suficientes para refrear os desejos do protagonista, que mesmo diante da recusa de apoio bélico, se lançou na aventura.

The Last Kingdom Season 4 Episode 10 Review: a Hero's Ending | Den ...

(Foto: Netflix)

Entretanto, sua vontade de retomar sua cidade natal só foi superada pelo fracasso da tentativa, que ainda acabou gerando a morte de Beocca (Ian Hart), um personagem muito importante como pilar moral e emocional do meio-viking.

Esta premissa foi interessante para jogar o herói, famoso por sua audácia e coragem, num limbo de tristeza, desespero e apatia. Seu mundo desmoronou e nada mais importava. Pelo menos, pelos três primeiros episódios.

Apesar da série passar rápido por esse momento, foi interessante ver sua queda, e os sentimentos que vieram dela, mas infelizmente, tais sentimentos e consequências foram rapidamente esquecidos e em pouco tempo, Uhtred já era o mesmo novamente, lutando por amores e alianças anteriormente construídas.  A série perdeu a oportunidade de fazer uma cicatriz profunda na personalidade do herói e explorá-la ao longo da trama.

The Last Kingdom Season 4 Episode 4 Review: Battle Royal | Den of Geek

(Foto: Netflix)

E por falar em trama, as intrigas políticas continuam interessantes, mesmo após a morte de Alfred. Existem clichês como o conselheiro mal intencionado do Rei, mas existem novidades, como o Rei não ser tão facilmente influenciável, dando mostras de fraqueza e firmeza. Assim, o Rei Edward (Timothy Innes), é um personagem complexo e tridimensional, refletindo bem o caráter e a força herdadas de seu pai com os arroubos e inseguranças da juventude.

Personagens como Aethelflaed (Millie Brady) novo amor de Uhtred, cresceram muito nesta temporada e o elenco de apoio funciona bem em suas características de alívio cômico ou de suporte para alguma falta ou motivação do herói. Uma nova premissa é a introdução dos dois filhos de Uhtred, Uhtred (Tom Taylor) e Stiorra (Rubi Hartley), que seguem caminhos opostos, trazendo mais questionamentos e conflitos à trama.

Apesar a da unificação dos reinos, sempre ameaçada pelos ataques dos “Danes” ser uma trama interessante, o enredo permanece num mais do mesmo já estabelecido nas outras temporadas, o que gerou a mim um sentimento de “história que não vai pra frente”. Por mais que saibamos que a história real foi assim, o que confere verossimilhança à trama, fica a impressão de que a história não sai do lugar, não evolui e, portanto, parece estar sendo forçada, esticada.

(Foto: Netflix)

A produção da série continua em ascensão, tanto na adaptação do país medieval quanto nos cenários, figurinos e cenas de combate, o que demonstra que a série continua com fôlego e evoluindo visualmente.

Entretanto, espero que este fôlego e evolução sejam utilizados para começar a concluir a saga de uma forma satisfatória pois, se cair no erro de se esticar demais, acabará na irrelevância para o público, ou ainda pior: será cancelada.

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