Starfield- As eternas 20 horas

O começo de uma jornada no campo estelar!

Toda história precisa de um começo, e toda review também, então aqui trarei as impressões iniciais de Starfield após as primeiras horas de uma gameplay casual.

Como um amante de ficção científica, eu não poderia estar mais empolgado para Starfield desde seu trailer de anúncio em 2021. Confesso que o hype me levou a sonhar alto demais e conforme os novos trailers foram saindo, comecei a ter meus pés grudados no chão novamente.

 

O principal para se dizer sobre Starfield é que ele cumpre exatamente aquilo que prometeu, ainda que a forma como ele faça isso seja… Um pouco decepcionante.

Se quiser ter uma ideia sobre como estavam os ânimos para Starfield antes do seu lançamento, aqui tem uma matéria que fiz tentando projetar o que ele poderia significar para a indústria dos videogames.

Apertem os cintos, e vamos rumo às estrelas.

Starfield, definitivamente um jogo.

Com um início um tanto quanto lento e meio fora da realidade, Starfield inicia sua história nos apresentando um universo para desbravarmos.

Com um fio narrativo principal nem um pouco interessante, o jogo não se demora em mostrar aquilo que tem de melhor: pode fazer “qualquer” coisa.

Logo após o prólogo de apresentação que leva cerca de uns 40 minutos, com algumas mecânicas iniciais, o jogo já te coloca à própria mercê e literalmente abre as portas para você explorar e decidir como será seu estilo de jogo.

Ainda que sem muitos tutoriais para todas as mecânicas existentes, Starfield apresenta uma porção considerável de opções. Ele reitera a ideia inicial da Bethesda de dar ao jogador uma ampla liberdade. Basicamente o jogo te direciona muito bem… Talvez até demais.

Com boas sessões de ação, com um combate fluido e gostoso, sendo uma das partes mais prazerosas do jogo, a nova IP da Bethesda dosa muito bem o desenvolvimento dos personagens com uma ação realista e divertida.

A queda

Quando se trata de exploração, tocamos num ponto um tanto quanto sensível. Ainda que tenha sim, diversas áreas amplas e abertas para exploração, com recursos, fauna e flora diversas e estranhas, falta, muitas vezes, motivações para a exploração.

Até o momento, a maior parte das missões indicam exatamente onde você deve ir, com algumas opções de viagem rápida disponíveis inclusive. As poucas (duas missões, que eram secundárias aliás) que não definiram exatamente onde ir ou com quem falar, não incentivam o jogador a querer completá-la. Isso deixa a tarefa mais para baixo na lista de prioridades, sem uma recompensa específica, ou sem uma história suficientemente cativante.

Em toda a gama de histórias que já vi em poucas horas de jogo, dá pra dizer que isso vai se repetir com certa frequência.

Menu simulator

Starfield consegue complicar questões simple. O acesso ao inventário, ou às opções dos menus, que pecam nos detalhes exibidos para melhor compreensão do funcionamento daquele sistema. Em resumo, acessar os inventário, analisar a nave e seus módulos, até o próprio sistema de árvore de habilidades parece ter sido pensado pra ser o mais relaxado possível.

No geral, existem tantos detalhes nos mundos, nas cidades, nas naves e até na interface do jogador, que parecem ter esquecido de levar uma colherzinha disso pros menus.

O sistema de menus, a organização do inventário, o deslocamento entre planetas, a inteligência artificial dos companheiros da nave… Tudo isso colabora para Starfield pecar muito no quesito principal: Diversão.

Starfiled vai Starbom?

Há sim, bastantes pontos negativos. Ou melhor dizendo, pontos que poderiam ter sido um pouco melhor trabalhados se o jogo tivesse sido adiado mais uns 2 ou 3 meses.

Vale ressaltar que essas foram minhas impressões com pouco mais de 20 horas de jogo, o que já é bastante para explorar de forma inicial boa parte das mecânicas de Starfield.

Embora muitas críticas a pontos que realmente deixam a desejar, durante esse tempo você vai se acostumando com algumas coisas, que passam a não incomodar mais tanto na jogatina.

Starfield é empolgante e cativante no geral. Mas os detalhes que me fizeram torcer o nariz são bem consideráveis…

Não a toa, faz um mês desde a última vez que iniciei o jogo, e poucas são as motivações para voltar a jogá-lo tão cedo.

Como amante do gênero e da temática, adoraria passar 200 horas em Starfield…  Mas honestamente, para chegar à parte legal, às boas histórias, aos bons combates, é necessário passar por horas e horas de puro tédio entre menus e interfaces não muito intuitivas.

Nem todo mundo sobrevive ao espaço, é necessário coragem e perseverança, mas as vezes, seria melhor ter ficado na Terra mesmo.

 

Mas diz aí, quais suas impressões do jogo? O que você sentiu ao jogar Starfield?
Se quiser comentar mais sobre, me segue la no Twitter @Gravitajão pra batermos um papo!