TOC TOC TOC: Ecos do Além – Reviravoltas nem sempre são boas! || Resenha

E tome clichêzinho!

Os entusiastas do gênero de terror certamente sairão da sessão muito satisfeitos com o resultado que verão na tela. O diretor conseguiu contar uma história muito cativante, que deixa qualquer um com medo do que está por vir ou com pena de Peter (Woody Norman), um menino tímido e retraído, que não possui muitos amigos e cujos pais não demonstram nenhum interesse pela criança.

Certo dia, Peter começa a ouvir uma voz estranha vindo de trás da parede. A princípio, ele fica desesperado e avisa seus pais, porém o casal ignora o seu medo. Então, ele começa a conversar com a tal voz, que afirma ser a sua irmã, como uma forma de não se sentir mais tão sozinho.

Aos poucos, o garoto vai ficando mais à vontade com a suposta irmã, que insinua que seus pais são pessoas ruins e que mataram uma garotinha no Halloween passado. Contudo, esse fato não é muito desenvolvido, deixando uma interrogação na cabeça do público. Não sabemos se de fato eles puseram um fim na criança ou se é apenas uma mentira da criatura misteriosa. Além disso, nos questionamos por que o monstro foi aprisionado atrás da parede. Sem alternativas, o personagem precisa dar um fim à vida de seus pais. Essa, com certeza, é uma das melhores sequências que vimos no longa.

Samuel Bodin conseguiu criar ótimas cenas de tensão, despertando o interesse do público para descobrir o que está por vir. O que mais me incomodou no filme foi a grande revelação da criatura, uma vez que a entidade é mal feita, não conseguindo assustar nem uma criança devido à baixa qualidade do CGI utilizado. Contudo, a fotografia é excelente, criando um ambiente escuro que remete aos clássicos filmes do gênero. Mesmo que a casa seja um clichê, logo imaginamos que algo terrível está prestes a acontecer. Outro ponto positivo é o elenco de qualidade, mas preciso tirar o chapéu para Woody Norman, que com apenas 14 anos entrega uma atuação brilhante em “Toc Toc Toc: Ecos do Além”.

Em geral, o filme apresenta cenas tensas que deixam todos vidrados, ansiosos para descobrir o que vai acontecer. No entanto, não se trata de uma obra-prima do gênero, mas sim de um entretenimento satisfatório.

 

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